As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com investidores atentos a novos surtos de coronavírus nos EUA e na China, mas também reagindo a um corte de juros pelo banco central chinês. O banco central na China reduziu a taxa de juros de contratos de recompra reversa de 14 dias, de 2,55% para 2,35%, e fez uma injeção de liquidez de 70 bilhões de yuans através deste instrumento.
As bolsas europeias recuaram e os índices das bolsas de NY operavam mistos no início da manhã, influenciados por preocupações com novos surtos de covid-19, que comprometem a perspectiva de recuperação econômica global.
A decisão de política monetária na Inglaterra manteve a taxa básica de juros em 0,1%, mas ampliou o programa de relaxamento quantitativo em 100 bilhões de libras. Além disso, o Banco Central inglês afirmou que pode tomar novas medidas para apoiar a economia, se necessário. No mercado de commodities, o petróleo opera na maior parte do dia em alta moderada.
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No Brasil, o dia teve os ajustes após a decisão do Copom. Como era amplamente esperado, o Banco Central cortou a taxa básica de juros na magnitude de 0,75 p.p., levando a Selic para nova mínima histórica de 2,25%.
No comunicado, o BC preparou o terreno para encerrar o ciclo de corte de juros, mas não descartou um ajuste futuro “residual” caso os dados econômicos mostrem a necessidade.
Além disso, o mercado seguiu acompanhando o noticiário político, que alimentou a alta do dólar para patamar ao redor de R$ 5,33, bem como os juros futuros de longo prazo.
Em termos de dados econômicos, o mercado também digeriu a divulgação do IBC-Br de abril, principal indicador de atividade econômica do Banco Central que serve como proxy para o PIB. O Índice confirmou as estimativas de declínio.
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O dado caiu 9,73% em abril ante março, ficando menos negativo do que a mediana de recuo de 10,24% das estimativas.
Às 14h o Ibovespa subia 0,9%, aos 96.450 pontos. Os papéis da Cielo e do Itaú Unibanco eram os destaques de valorização na B3. Entre as maiores baixas as ações do setor elétrico e shoppings.