O primeiro pregão do mês de Agosto mostra maior apetite ao risco nos mercados globais, refletindo na alta das bolsas na Europa e nos EUA e queda do dólar. Os investidores deixam em segundo plano as preocupações com a disseminação da variante Delta do coronavírus e com a ofensiva regulatória da China e repercutem a negociação do pacote de infraestrutura nos Estados Unidos, que avançou ontem no Senado e deve ser votado nos próximos dias.
A melhora do humor externo repercute nos ativos no Brasil a se recuperarem das perdas fortes da sexta-feira. O Ibovespa volta a negociar próximo aos 124 mil pontos, com alta da ordem de 1,7%, com forte giro financeiro expressivo.
Apesar da incerteza fiscais, os juros futuros estão em baixa, mais acentuada nos vencimentos longos, configurando perda de inclinação para a curva. Na ponta curta a margem de manobra é menor, diante das apostas numa ação mais agressiva do Copom nesta semana, tanto na elevação da Selic para 5,25% quanto a um tom mais austero do comunicado.
Essa percepção repercute positivamente no câmbio, ainda que os riscos político e fiscal limitem o movimento de correção. O dólar negociava próximo aos R$ 5,12, com o ânimo no mercado externo e de fluxos para IPOs na B3.
Aqui no Brasil, essa semana teremos balanços de peso como o da Petrobras, Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, bem como a volta do recesso do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso.