Por conta do forte aperto monetário em boa parte das economias desenvolvidas, os temores de uma recessão global causam um sentimento generalizado de maior aversão ao risco nos mercados, nesta sexta-feira. Nesse ambiente, as bolsas na Europa fecharam com quedas ao redor de 2%, em meio ao anúncio do Reino Unido de novos cortes de impostos, e à divulgação do PMI da zona do euro e da Alemanha. O PMI Composto da zona do euro caiu a 48,2 em setembro, no menor nível em 20 meses, enquanto o da Alemanha cedeu para a pior marca em pouco mais de dois anos, aos 45,9 pontos.
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Nos Estados Unidos, as bolsas em Nova York intensificaram a queda após a divulgação do PMI americano de setembro, que avançou, ao contrário do que era esperado pelos analistas de mercado. A leitura sugere mais aperto monetário pelo banco central norte-americano, uma vez que sinaliza uma atividade melhor que o previsto em meio a um cenário de forte inflação. Com isso o dólar tem alta global, e o retorno dos Treasuries avançam.
No Brasil, a situação não é diferente. O dólar frente ao real avança 2,38% aos R$ 5,24, enquanto os juros futuros também sobem. O Ibovespa tem queda significativa (-2,24%) aos 111.518 pontos, com destaque para as perdas das ações da Petrobras e seus pares, refletindo o recuo de mais de 5% dos preços do petróleo no mercado internacional, em meio a temores de menor demanda por commodities.
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As ações de Mineração e Siderurgia também caem, ignorando a alta de 1,34% do minério de ferro negociado em Dalian na China. Na ponta contrária, as ações da Equatorial sobem mais de 7% após comprar a distribuidora CELG da ENEL.