O aguardado discurso do presidente do FED, Jerome Powell, injetou volatilidade nos mercados financeiros globais, enquanto investidores digerem e interpretam sinais para o futuro da política monetária dos Estados Unidos. Como era esperado, Powell ponderou que, apesar da queda na inflação, novas altas de juros podem ser necessárias para responder à força da economia e do mercado de trabalho, reforçando compromisso do Banco Central com juros restritivos.
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Após o discurso, os índices de Nova York apresentaram grande volatilidade, e após operarem no campo negativo, negociavam em leve alta no início da tarde, assim como os juros dos Treasuries. Na Europa as bolsas fecharam o dia em leve alta, acumulando ganhos na semana, após números fracos do PIB e do índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha reforçarem as especulações de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá parar a alta dos juros. A presidente do BCE, Christine Lagarde, discursará no Simpósio de Jackson Hole no final da tarde de hoje.
Por aqui, além da volatilidade externa, o avanço do IPCA-15 acima da expectativa do mercado apoia a alta dos juros futuros e penaliza o Ibovespa. A leitura do índice de inflação, que subiu 0,28% na variação mensal contra expectativa do mercado de 0,16%, foi um banho de agua fria nos investidores que imaginavam uma intensificação no ajuste da Selic na próxima reunião do COPOM. Vale acrescentar ainda que, este resultado não leva em consideração a alta recente de combustíveis, anunciada pela Petrobras. Este aumento vai se refletir nos números de agosto fechado e setembro. Neste ambiente, próximo às 13h45, o índice referência da B3 recuava 1,08% aos 115.760 pontos, com leve recuo do dólar frente ao real, de 0,17%, cotado a R$ 4,87.
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