Nesta quarta-feira (26), as bolsas na Europa e índices acionários em Nova York, operam em alta. A expectativa de que o Federal Reserve possa dar sinais claros sobre o cenário de juros nos Estados Unidos, sustenta o apetite por risco nas bolsas de valores, dá suporte ao dólar no mercado internacional, ao mesmo tempo que deixa os Treasuries sem uma direção firme.
O Fed, banco central norte-americano, deverá manter inalterada sua política monetária, mas também deve preparar o terreno para elevar juros pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, provavelmente na reunião de março. Investidores também vão ficar atentos à coletiva de imprensa com o presidente do Fed, Jerome Powell, para buscar indícios da atuação do BC americano para lidar com a questão da inflação persistente nos EUA. O início da divulgação de balanços do setor de tecnologia americano, também impulsiona os índices de ações em Nova York. A crise geopolítica envolvendo Rússia e Ucrânia sustenta o preço do petróleo.
Amparada pela alta das bolsas no exterior, o Ibovespa negociava no início da tarde pouco acima dos 112 mil pontos, com ganho de 1,8%. Para tanto, conta com a participação dos investidores estrangeiros, atraídos para a ponta compradora num contexto de aperto monetário lá fora. A primeira ação na lista das oito maiores elevações era Petz , após anunciar a compra de 100% da Holding Petix e, indiretamente, da totalidade dos papéis das suas subsidiárias Petix Company LLC e Petix Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Produtos Gerais para Animais Domésticos. Entre as blue chips, subiam Petrobras, Vale e Gerdau.
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No contraponto, Vivo destacava-se entre as quedas. Os papéis de bancos, por sua vez, tinham sinais variados. A prévia da inflação de janeiro, o IPCA-15 subiu 0,58%, acima da mediana das estimativas, com composição considerada ruim e difusão mais alta, puxando revisões para cima nas projeções de analistas para o dado fechado do primeiro mês do ano. Nos juros futuros, a leitura é que o indicador reforça a aposta majoritária de +1,5 ponto porcentual para a Selic na semana que vem, com chance de alongamento do ciclo de aumento. O dólar está volátil, ponderando a postura defensiva de alguns investidores e apetite a risco global, que ajuda moedas como o real.