O apetite por risco se intensificou globalmente na sessão desta terça-feira após a leitura de dados de abertura de vagas e confiança do consumidor nos EUA abaixo do esperado pelo mercado – o novo sinal de fragilidade econômica fez com que os investidores deixassem de precificar de forma majoritária a expectativa por mais aumento de juros do Federal Reserve (Fed), e favoreceu a precificação dos ativos de risco. Além disso, o mercado também monitora possíveis novos estímulos da China, em meio a notícias de que bancos estatais estão avaliando cortes nas taxas de hipoteca e de depósitos.
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Com este pano de fundo, as bolsas da Europa fecharam a sessão em alta, com o índice FTSE 100 particularmente favorecido pela esperança de maior demanda diante de estímulos anunciados pelo governo chinês, que deram impulso aos “gigantes da matéria-prima”. O movimento positivo foi observado mesmo com a fraqueza do índice GFK da Alemanha, que veio abaixo da expectativa de analistas, refletindo uma piora nas perspectivas para a economia do país. Nos EUA, os principais índices caminhavam para a mesma direção no início da tarde, com S&P500 e Nasdaq apresentando avanço superior a 1%.
Por aqui, além do ambiente externo, a apresentação de medidas capazes de aumentar a arrecadação do governo brasileiro também contribui para o ânimo do Ibovespa na sessão. As medidas de arrecadação – taxação de fundos fechados e de empresas offshore – já haviam sido anunciadas pelo Planalto, mas só agora foram formalizadas e começaram a tramitar no Congresso, o que o mercado entendeu como um avanço na pauta de ajuste fiscal.
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Às 14h, o principal índice da B3 subia 0,57% aos 117.793 pontos, com leve recuo do dólar frente ao real, de 0,05%, cotado a R$ 4,87. Nos juros, o movimento era de queda em todos os principais vértices da curva a termo.
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