Um dia depois das decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, os mercados voltaram a cair com força durante a primeira parte da sessão desta quinta-feira. Apesar do alívio na véspera, a percepção geral é que o ambiente inflacionário global pode exigir maiores esforços das autoridades monetárias, com impactos aparentes na (já enfraquecida) atividade econômica em diversos países. Hoje, o CME Group mostrou quase 83% de chances de uma elevação de 75 p.p. no próximo encontro do FOMC, enquanto o Copom praticamente cravou um novo aumento na Selic em junho, embora em menor magnitude.
Neste cenário, o Nasdaq caia mais de 4,5% em Nova York, seguido pelo S&P 500 e Dow Jones. Esse pessimismo, inclusive, se espalhou pela Europa, onde as bolsas se ajustavam em alta logo cedo. Por aqui, às 13h45, o Ibovespa recuava 3,45%, aos 104.612 pontos – embora tenha figurado na casa dos 103 mil pontos – com perdas generalizadas (apenas KLBN11 e SUZB3 se valorizavam). No mercado cambial, a moeda americana subia mais de 3% frente ao real, a R$ 5,05.