Os principais assuntos para ficar atento no Ibovespa hoje (Foto: Adobe Stock)
No exterior, os principais mercados operam com viés positivo nesta quarta-feira (30), impulsionados por novos sinais de força da economia americana e pela expectativa em torno da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Pela manhã, a notícia de que Produto Interno Brutp (PIB) americano avançou 3% no segundo trimestre de 2025, superando as estimativas, deu suporte à alta das bolsas de valores, ao fortalecimento do dólar hoje e à elevação dos rendimentos dos Treasuries(títulos de dívida pública americana).
Ainda assim, o otimismo fica limitado pela proximidade do prazo para novas tarifas comerciais e pela falta de progresso nas negociações entre Washington e países como Brasil e China. Entre as commodities hoje, o petróleo sobe novamente, sustentado por tensões geopolíticas e possíveis sanções a países que mantêm relações comerciais com a Rússia.
No Brasil, o Ibovespa hojerecua em meio à instabilidade provocada pela expectativa de manutenção da Selic e pela indefinição sobre o impacto das tarifas americanas. A valorização do dólar, que sobe 0,93%, e se aproxima de R$ 5,61, reflete tanto o movimento global quanto a cautela doméstica.
Os juros futuros operam em alta, pressionados por incertezas fiscais e cambiais, além da percepção de que o ajuste fiscal previsto para 2026 ainda é insuficiente. Indicadores de confiança do comércio e serviços também reforçam o cenário de desaceleração econômica no segundo semestre. Por volta das 13h45, o Ibovespa caía 0,43%, aos 132.150 pontos.
Balanços e commodities movimentam ações na B3
Entre os papéis que compõem o Ibovespa, os resultados corporativos e as oscilações das commodities ditam o ritmo da sessão. O Santander apresentou lucro em linha com as projeções, mas o aumento das provisões trouxe volatilidade às ações. Já o Bradesco avança, possivelmente impulsionado pela expectativa de um balanço positivo. A Petrobras recua levemente, mesmo após divulgar produção recorde, enquanto a queda do minério de ferro pesa sobre a Vale. Frigoríficos se destacam com ganhos, favorecidos pela alta do dólar, e a Yduqs sobe com perspectivas de maior geração de caixa. Por outro lado, Cosan e Raízen registram perdas após notícias sobre venda de ativos.