Bolsas internacionais operam em baixa nesta sexta-feira diante do aumento das incertezas sobre a política monetária dos EUA. (Foto: Adobe Stock)
A sexta-feira (14) – que, apesar do clima, não é 13 – começa em tom majoritariamente negativo entre os investidores globais. As bolsas ao redor do mundo aprofundam as perdas diante do temor de uma possível mudança de postura do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), que pode adotar uma linha mais dura. As apostas de corte de juros em dezembro, por exemplo, já recuaram para abaixo de 50%, após novos comentários cautelosos de dirigentes do banco central americano.
Do outro lado do mundo, dados fracos divulgados pela Chinarevelaram uma desaceleração mais intensa do que o esperado no início do quarto trimestre. O movimento foi marcado por uma queda inédita nos investimentos e por um ritmo menor da produção industrial.
Fora do ambiente das bolsas, o dólar opera estável frente às principais moedas, enquanto os rendimentos dos Treasuries sobem. O Bitcoin, por sua vez, cai ao menor nível em seis meses. Entre as commodities, os contratos futuros de petróleo avançam diante do risco à oferta russa – após um ataque ucraniano ao porto de Novorossiysk — e das novas sanções impostas pelos Estados Unidos, fatores que compensam as preocupações com excesso de oferta. Já o minério de ferro também registrou alta, com avanço de 0,26% na madrugada em Dalian, cotado a US$ 108,86 por tonelada.
A dicotomia entre ações em baixa e commodities em alta pode suavizar parcialmente o impacto no mercado brasileiro. De fato, o EWZ – principal ETF brasileiro negociado em Nova York – subia levemente no pré-mercado.