Mercados globais sobem com expectativa por inflação e payroll nos EUA; Brasil acompanha com cautela
Indicadores americanos e apostas sobre o Fed impulsionam bolsas no Ocidente, enquanto Ásia recua com sinais de desaceleração chinesa e commodities pressionam o desempenho local
Painel de cotações em bolsa de valores reflete o otimismo dos mercados globais, à espera de dados econômicos decisivos nos Estados Unidos. (Foto: Adobe Stock)
Os mercados globais iniciam a semana em terreno positivo, sustentados pela expectativa em torno de indicadores-chave nos Estados Unidos, como a inflação e o payroll, principal relatório sobre o mercado de trabalho do país, que podem calibrar as apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). Os futuros de Nova York avançam, acompanhados pelas bolsas europeias, enquanto os rendimentos dos Treasuriesrecuam e o dólar perde força.
Na Ásia, os principais índices encerraram o pregão em queda, refletindo sinais de desaceleração da economia chinesa e renovadas preocupações com o setor imobiliário. Entre as commodities, o petróleo opera de forma estável, após sinais de demanda mais firme, enquanto o minério de ferro recuou 0,92% em Dalian, para US$ 106,73 por tonelada, pressionado por notícias relacionadas às exportações de aço da China.
No Brasil, os ativos tendem a acompanhar o tom positivo do exterior, embora a queda das commodities possa limitar os ganhos. A agenda doméstica é carregada, com destaque para o IBC-Br de outubro, o Boletim Focus e o IGP-10, indicadores que antecedem a divulgação da ata do Copom, amanhã. Mais cedo, as ADRs brasileiras apontam leve alta no pré-mercado, sinalizando um otimismo moderado, enquanto os investidores seguem atentos à trajetória da Selic e aos impactos das expectativas fiscais.