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Moody’s avalia que compra da Ideal pode elevar receita do Itaú

Maior banco do País ganha força ante rivais em especial em serviços de corretagem e investimentos

Moody’s avalia que compra da Ideal pode elevar receita do Itaú
Foto: Pilar Olivares/Reuters
  • Para os analistas Alexandre Albuquerque e Vincent Detilleux, o movimento reforça a posição do Itaú como um competidor da XP e do BTG Pactual, instituições financeiras que têm nos serviços de investimento seus principais produtos

(Matheus Piovesana) – A Moody’s avalia como positiva a aquisição da corretora digital Ideal pelo Itaú Unibanco, anunciada na semana passada. Segundo a agência de classificação de risco, a transação adicionará ao portfólio do banco os serviços de negociação eletrônica e acesso direto ao mercado oferecidos pela Ideal, além de aumentar a fatia de suas receitas originadas através de tarifas.

Para os analistas Alexandre Albuquerque e Vincent Detilleux, o movimento reforça a posição do Itaú como um competidor da XP e do BTG Pactual, instituições financeiras que têm nos serviços de investimento seus principais produtos.

A avaliação é de que o maior banco brasileiro ganha força ante os rivais em especial nos serviços de corretagem e investimentos focados em consumidores de varejo, em especial pela plataforma white label oferecida pela Ideal. A corretora, avaliada pelo banco em R$ 1,3 bilhão na transação, é uma das maiores da B3, em volume negociado, nos segmentos de ações à vista e derivativos.

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O desembolso que o Itaú fará, de R$ 651 milhões na primeira etapa do negócio, é considerado pequeno pelos analistas diante do patrimônio do banco e do lucro recorrente nos nove primeiros meses do ano passado, de R$ 19,7 bilhões.

A Moody’s destaca que, entre janeiro e setembro do ano passado, o Itaú teve receitas de R$ 3,59 bilhões com serviços de assessoria e corretagem, ou 3,9% de suas receitas operacionais.

O crescimento foi de 21,7% em relação ao mesmo período de 2020, diante de um mercado mais aquecido, de uma economia em recuperação e da assessoria a fusões e aquisições. É essa a linha de receita que a agência acredita que o banco pode incrementar com a compra da Ideal.

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