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- O Morgan Stanley rebaixou a recomendação para a bolsa do Brasil de 'overweight' para 'neutro'
- Dúvidas sobre a estabilidade fiscal do país e uma menor chance de um ministro da Fazenda com perfil mais ortodoxo motivaram a decisão
- O cenário de uma possível política fiscal mais frouxa cria um ambiente mais favorável para a renda fixa do que para a bolsa
O Morgan Stanley rebaixou nesta segunda-feira (21) a recomendação para a Bolsa de Valores do Brasil, de desempenho acima da média do mercado (‘overweight’) para desempenho na média do mercado (‘neutro’).
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Dúvidas sobre a estabilidade fiscal do País, que ameaçam a possibilidade de corte de juros pelo Banco Central em 2023, e uma menor chance de um ministro da Fazenda com perfil mais ortodoxo estão entre os principais fatores que levaram o banco americano a tomar a decisão em sua carteira de ações para a América Latina.
Em relatório, o Morgan Stanley destaca que a possibilidade de aumento maior de gastos públicos em 2023, conforme declarações recentes de Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizam que as despesas do governo podem se elevar mais que o esperado. O banco cita aumento da preocupação fiscal na medida em que “recentes sinais do recém-eleito governo Lula apontam para uma deterioração da âncora fiscal do país em 2023”.
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Esse cenário de uma possível política fiscal mais frouxa cria um ambiente mais favorável para a renda fixa do que para a Bolsa. “A sequência de eventos recentes reduz a chance de nomeação de um ministro da Fazenda ortodoxo”, ressalta o relatório.
A previsão do Morgan Stanley para o Ibovespa é que o índice feche 2023 em 125 mil pontos. Por volta das 16h30 desta segunda -feira (21), era negociado na casa dos 109 mil pontos.
Ao mesmo tempo em que cortou a recomendação de Brasil, o Morgan elevou a do México para ‘overweight’, pois o país deve se beneficiar da desaceleração mais branda da economia americana – e não uma recessão, como se chegou a temer.