

O Nubank (ROXO4) divulga seu balanço do quarto trimestre de 2024 nesta quinta-feira (20) após o fechamento do mercado. De acordo com a média das estimativas das sete casas consultadas pela pesquisa Prévias Broadcast, o banco pode apresentar lucro líquido ajustado de US$ 580 milhões período, um aumento de 46,6% em relação ao mesmo intervalo de 2023, mas queda de 2% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.
Na visão do Goldman Sachs, o resultado da fintech deve mostrar tendências majoritariamente saudáveis. A casa avalia que os investidores ficarão de olho no crescimento da carteira de crédito do Nu em moeda local, especialmente no financiamento via Pix dentro dos cartões de crédito. Outro ponto de atenção será a análise da qualidade dos ativos, considerando a expectativa de deterioração macroeconômica no Brasil em 2025.
“O crescimento da carteira de crédito da fintech pode ser pressionado pela depreciação de 14% do real no final do trimestre passado, levando a uma queda trimestral de 3% na carteira total, com a carteira sujeita a juros caindo 5% na mesma base comparativa”, afirma a equipe liderada pelo analista Tito Labarta em relatório.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Já o Itaú BBA acredita que o ambiente macroeconômico foi favorável para o Nubank no final de 2024. “O quarto trimestre tende a ser sazonalmente mais forte para volumes de cartões de crédito, com maior penetração de empréstimos pessoais, compensando um ritmo mais lento no financiamento via Pix”, ressalta o time liderado por Pedro Leduc.
Na opinião do analista, mais importante do que os números em si, será a visão da empresa sobre o financiamento via Pix e o cenário macroeconômico. “Acreditamos que o tom da gestão será positivo em relação a essas questões. Esse otimismo pode impulsionar temporariamente as ações, mas não altera nossa visão”.
O Itaú BBA tem recomendação market perform (equivalente à neutra) para o Nubank, ao contrário do Goldman, que recomenda compra. O BBA acredita que a ampliação dos empréstimos pessoais neste momento é um caminho extremamente arriscado para a fintech, que pode ter impactos negativos no seu crescimento e nas suas provisões ao longo de 2025.
Outra casa que tem recomendação neutra para o Nubank é o Bank of America (BofA), que acredita que os resultados do 4t24 devem continuar refletindo forte crescimento da carteira de crédito e despesas operacionais controladas, mas também maiores provisões, crescimento fraco das receitas com tarifas e expansão limitada da margem líquida de juros (NIM, na sigla em inglês)
Publicidade
“Acreditamos que os investidores continuarão atentos à expansão da base de clientes no México, bem como à diversificação bem-sucedida das receitas no Brasil. Por fim, a desvalorização do real no quarto trimestre de 2024 pode pressionar os resultados do Nubank em dólares”, pontua o BofA.
*Com informações do Broadcast