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O que esperar do mercado para o mês de abril?

Investidor precisa se planejar em meio à volatilidade

O que esperar do mercado para o mês de abril?
Ações passam por um ajuste de posições, após as valorizações na semana passada. (Foto: Envato Elements)
  • Crise do coronavírus deve continuar afetando o mercado nacional e internacional
  • Brasil ainda não passou pelo pico da doença, o que aumenta a volatilidade das bolsas
  • Oportunidades se abrem para quem tiver estratégia definida

O primeiro trimestre do ano chegou ao fim e o período entrou para história como o pior para o principal índice da B3, o Ibovespa. No acumulado, o indicador apresentou um recuo trimestral de 36,9%, o maior desde o início da medição, em 1968. Somente em março a retração foi de 29,9%. Causada pela pandemia do coronavírus, a crise se intensificou neste último mês, quando a doença que surgiu na China se propagou de vez pelo Brasil, pelos EUA e pelo resto do mundo.

Com este retrospecto negativo em 2020, o que o investidor pode esperar para o mês de Abril? Para a analista da Ágora Investimentos, Maria Clara Negrão, o momento ainda exige muita cautela e paciência do investidor. “A pandemia vai continuar causando um impacto significativo no mercado e vai ser um mês de bastante volatilidade, igual a março.”

Até as 10h50 desta quinta-feira (2), as secretarias estaduais de Saúde divulgaram 7.011 casos confirmados de covid-19 no País, com um total de 250 mortes. No mundo, são mais de 47 mil mortes e quase um milhão de infectados.

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Segundo as estatísticas divulgadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Ministério da Saúde, esses números ainda tendem a aumentar no Brasil e no mundo. E o mercado, inevitavelmente, sente o impacto. “O coronavírus chegou aqui bem depois da Europa e da China. Então, ainda estamos longe do pico de casos e mortes”, diz o economista e consultor de investimentos da Magnetis, Daniel Jannuzzi.

Dessa forma, ele pontua que o mês promete muita volatilidade devido à escalada dos casos da doença e das prováveis tentativas do Banco Central de buscar alternativas para absorver os impactos. “Não deve ser um mês fácil tendo esses dois aspectos em perspectiva”, diz Jannuzzi.

Nos EUA, o presidente Donald Trump projetou que haverá, ao menos, 100 mil mortes no país por conta da doença. A declaração causou tombo generalizado dos mercados globais já no primeiro dia do mês.

Até às às 11h20 desta quinta-feira, a Bolsa de Valores abriu em alta de 1,11%, indo a 71.756,27 pontos.

Oportunidade em meio a crise

Apesar de estar em baixa e muito inconstante, períodos como esse costumam abrir oportunidades para o investidor que estiver com uma estratégia boa e bem definida a longo prazo.

Segundo a analista da Ágora Investimentos, existem ações de empresas no mercado que estão sendo negociadas com preços bem semelhantes aos da crise de 2008. Estas podem promover boas oportunidades para quem se planejar .

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“Na nossa visão, eles têm capacidade de se recuperar muito bem do momento atual, mas é claro que estamos pensando em um cenário de longo prazo, dado que as incertezas a curto prazo podem continuar penalizando os preços”, diz Maria Clara, da Ágora.

Outro fator que pode ajudar o investidor planejado é a recuperação da economia chinesa. Embora ainda não cause impacto imediato no Ibovespa, o princípio de retomada do país asiático beneficia as empresas de exportações de commodities e contribui na previsão do tempo da nossa crise.

Com isso, os dois especialistas afirmam que o investidor não deve deixar de investir apesar do momento. Quem esperar a crise passar para voltar ao mercado perderá a oportunidade de se sair bem a longo prazo, já que os preços dos ativos já estarão em patamares superiores.

“Não deixar de investir hoje é muito importante. O investidor deve manter a disciplina dos aportes com base na estratégia”, afirma Daniel Jannuzzi, da Magnetis.

Os especialistas ressaltam a importância da diversificação nos investimentos. Em meio à crise, uma carteira com diferentes modelos de aplicações combinadas garantem mais segurança ao patrimônio do investidor. “A gente sempre bate nessa tecla, mas no momento atual ela se torna essencial”, afirma Maria Clara.

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