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OCDE adia para 2024 acordo de tributo global de gigantes de tecnologia

Em 2021, mais de 130 países fecharam acordo que previa mudanças históricas na estrutura mundial de taxação

OCDE adia para 2024 acordo de tributo global de gigantes de tecnologia
Logo da Amazon (REUTERS/Pascal Rossignol)
  • O documento apresenta um rascunho técnico sobre os termos de taxação do chamado "pilar 1", que abrange grandes empresas do setor de tecnologia
  • Inicialmente, o plano era adotar o primeiro pilar já no ano que vem, mas as discussões expuseram dificuldades mais salientes do que se esperava

Por André Marinho – A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) postergou para 2024 o plano de implementação da reforma internacional de tributação de multinacionais, segundo relatório endereçado ao G20 (grupo que reúne as 19 principais economias do mundo mais a União Europeia) e divulgado nesta segunda-feira (11).

O documento apresenta um rascunho técnico sobre os termos de taxação do chamado “pilar 1”, que abrange grandes empresas do setor de tecnologia. O projeto ficará sujeito a uma consulta pública até agosto e, em seguida, a OCDE pretende finalizar a proposta até meados de 2023, com adoção prevista para o ano seguinte.

No ano passado, mais de 130 países fecharam um acordo que prevê mudanças históricas na estrutura mundial de taxação, baseado em dois grandes pilares. O primeiro deles busca estabelecer diretrizes para tributação do setor digital, com foco particular em gigantes norte-americanas como Amazon e Microsoft. O segundo alicerce fixaria um imposto corporativo mínimo global de 15%.

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Inicialmente, o plano era adotar o primeiro pilar já no ano que vem, mas as discussões expuseram dificuldades mais salientes do que se esperava. “São negociações complexas e muito técnicas em relação a alguns novos conceitos que reformam fundamentalmente os arranjos tributários internacionais, para torná-los mais justos e de melhor funcionamento em uma economia mundial cada vez mais digitalizada e globalizada”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.

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