A Oi(OIBR3) protocolou um pedido de adiamento de sua recuperação judicial, segundo documento enviado ao mercado na noite de terça-feira (1°). A proposta visa prorrogar o pagamento de dívidas trabalhistas e fornecedores devido ao fato de o plano de recuperação judicial não ter saído como planejado até o momento.
A dívida líquida da Oi no primeiro trimestre de 2025 era de R$ 9,8 bilhões, com uma posição de caixa de R$ 1,4 bilhão. No documento, a empresa diz que fará uma reestruturação das condições de pagamento de questões trabalhistas e de certos credores sem garantias reais (quirografários) para garantir a adequação entre a geração de caixa do Grupo Oi e o fluxo de pagamento das dívidas.
“A proposta também visa a redução do endividamento do Grupo Oi, de forma a aumentar a disponibilidade de recursos imediatos para manutenção das atividades da Companhia e garantir um fôlego financeiro para que a nova gestão possa adequar a estrutura de capital do Grupo Oi conforme a realidade financeira da companhia após a implementação de diversas medidas de reestruturação”, diz a empresa no comunicado.
Em entrevista ao Broadcast, o presidente da Oi, Marcelo Milliet, contou os motivos desse pedido de adiamento. O principal problema no orçamento da Oi tem origem na venda da operação de banda larga, a Oi Fibra, adquirida pela V.tal. O plano era vender o negócio por R$ 7,3 bilhões, com pagamento em dinheiro, à vista, o que não se concretizou. Contudo, o negócio saiu por R$ 5,4 bilhões, numa operação com abatimento de dívidas e entrega de ações.
Ainda conforme o comunicado, a proposta de aditamento da Oi (OIBR3) será oportunamente submetida à deliberação da Assembleia Geral de Credores e posterior homologação pelo juízo da recuperação judicial, nos termos da legislação aplicável, podendo, portanto, sofrer ajustes nos seus termos e condições e nas medidas neles previstas.