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As 3 lições que Jorge Paulo Lemann vê na crise

O bilionário brasileiro também disse que suas empresas estão atrasadas digitalmente

As 3 lições que Jorge Paulo Lemann vê na crise
O empresário e bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann (Foto: Lucy Nicholson/Reuters)
  • Oportunidades sempre se abrem na crise
  • O fundo 3G está correndo atrasada no mundo digital
  • O momento poderia gerar mais bom senso para resolver os problemas do País

O bilionário Jorge Paulo Lemann, sócio do fundo 3G – controlador de gigantes como AB InBev, Kraft Heinz, B2W e Burger King – concedeu uma entrevista em evento on-line promovido pelo Fórum da Liberdade na sexta-feira (16) e surpreendeu ao dizer que fez seus melhores negócios em momentos de crise. Essa foi a primeira vez que o empresário falou sobre a pandemia do coronavírus.

“O que eu gosto mais, francamente, é que toda crise é cheia de oportunidades. Todas as crises que eu passei foram duras e sofri. Não sabia como iria chegar ao fim, mas alguma oportunidade apareceu”, disse.

Além de Lemann, o evento recebeu José Gallo, da Renner, David Vélez, do Nubank, e Roberto Setubal, do banco Itaú.

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Para o empresário, as empresas precisam tomar medidas para sobreviverem ao período conturbado, como buscar melhorar o caixa e ampliar a eficiência. O E-Investidor selecionou as oportunidades ressaltadas por Lemann na entrevista.

Tudo mais barato e disponível

“Acho que a oportunidade não é apenas comprar barato, é que certas coisas que não estavam disponíveis passam a ficar”, afirmou Lemann.

Nesse raciocínio, ele cita a compra da pequena corretora Garantia, que se tornou o Banco Garantia depois, e a aquisição das Lojas Americanas, em 1981, ao lado de seus sócios na 3G Marcel Telles e Carlos Alberto Sucupira. “Nessa época ninguém queria comprar ativos”, lembrou.

Como resultado desses investimentos, o empresário ressaltou eles permitiram a compra da cervejaria Brahma, 1989, e depois da Anheuser-Busch, em 2008. “As oportunidades que aproveitamos em momento de crise foram melhores do que as que aproveitamos em momentos normais e pagamos mais caro”, disse Lemann.

Atraso digital

Com diversas empresas conquistando mais destaque no mundo online em meio a pandemia, o bilionário admitiu que a 3G está atrasada em relação a outros negócios digitais. Apesar disso, ele destaca que as empresas no portfólio estão se atualizando.

“Estamos um pouco atrasados no mundo digital por causa do nosso tipo de negócio. Estamos correndo atrás em todas as nossas empresas. Começamos um pouco atrasados, mas vamos chegar lá”, afirmou.

Dessa forma, ele ainda afirmou que seu objetivo na crise é “sobreviver e sobreviver bem”. E para isso, ele citou a digitalização como solução.

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“As Lojas Americanas já têm a Ame, que é uma forma de pagamento digital, e o Burger King está acompanhando tudo o que se passa na Domino’s Pizza, por exemplo, que no ramo de comida rápida é o mais avançado. Na parte de cerveja, temos vários produtos digitais, estamos testando a entrega mais rápida para clientes e consumidores”, disse Lemann

Oportunidade de pacificação

Para o bilionário, um dos problemas que mais afetam o Brasil nos últimos anos é a polarização e a crise do coronavírus também é uma oportunidade para as se unirem a trabalharem juntos.

“Nada é muito resolvido, nada anda. Esperaria que essa crise gerasse mais bom senso, mais pragmatismo para resolver nossos problemas.”

*Com Estadão Conteúdo 

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