

O Goldman Sachs avalia que o pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mudou o comportamento dos investidores do setor de construção civil na Bolsa. Mal recebido por agentes do mercado financeiro, as propostas – que ainda precisam passar pelo Congresso – ligaram o modo defensivo dos investidores.
Os analistas do Goldman Sachs citam, em relatório, que houve uma queda de 14% nas ações de construtoras em novembro, representando um desempenho inferior ao Ibovespa, que caiu 3% em igual período. Até o fechamento de ontem, houve uma recuperação justamente de 3%, em linha com a principal índice da B3.
“À medida que as preocupações fiscais aumentam no Brasil, após o anúncio do que foi visto como um pacote fiscal modesto, os investidores tornaram-se significativamente mais defensivos, expressando preferência por nomes do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, dizem os analistas Jorel Guilloty e Igor Machado, em relatório.
Na contramão do setor, apenas Direcional (DIRR3) e Cyrela (CYRE3) geram otimismo nos investidores e têm recomendação de compra pelo Goldman Sachs. Mas apesar disso, essas companhias estão pessimistas com o aumento da Selic. “Os investidores também mencionaram interesse em nomes menores do MCMV, como Tenda (TEND3) e Plano e Plano (PLPL3)”, relatam os analistas que cobrem os papéis de construção civil na Bolsa.
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