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“As contas do governo não fecham”, diz estrategista da RB Investimentos

Para Gustavo Cruz, aumentar imposto de quem ganha acima de R$ 50 mil não será suficiente para cobrir rombo

“As contas do governo não fecham”, diz estrategista da RB Investimentos
Ministro Fernando Haddad. (Foto: Agência Brasil)
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  • Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a promessa de aumentar a tributação de quem ganha acima de R$ 50 mil não será suficiente para cobrir os gastos da isenção de imposto de renda (IR) para a faixa que recebe até R$ 5 mil
  • “As contas não fecham. O impacto estimado da isenção na arrecadação é superior a R$ 35 bilhões, enquanto a receita adicional para rendas altas dificilmente passa de R$ 20 bilhões — provavelmente ficará mais próximo de R$ 10 bilhões”, afirma Cruz.
  • Por outro lado, o corte de gastos oficializado é considerado um ponto positivo. Na última quarta-feira (27), o ministro da Fazenda anunciou as medidas que fazem parte do pacote fiscal, como reajuste do salário mínimo, restrições ao abono salarial e benefício de prestação continuada (BPC)

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a promessa do governo de aumentar a tributação de quem ganha acima de R$ 50 mil não será suficiente para cobrir os gastos da isenção de imposto de renda (IR) para a faixa que recebe até R$ 5 mil de remuneração mensal.

“As contas não fecham. O impacto estimado da isenção na arrecadação é superior a R$ 35 bilhões, enquanto a receita adicional para rendas altas dificilmente passa de R$ 20 bilhões — provavelmente ficará mais próximo de R$ 10 bilhões”, afirma Cruz.

Por outro lado, o corte de gastos oficializado é considerado um ponto positivo. Na última quarta-feira (27), o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) anunciou as medidas que fazem parte do pacote fiscal, como reajuste do salário mínimo, restrições ao abono salarial e benefício de prestação continuada (BPC). A expectativa de economia é de R$ 70 bilhões em dois anos.

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“Essas medidas têm impacto mais significativo no longo prazo, e o governo enfrentará dificuldades para alcançar o limite inferior da âncora fiscal, seja este ano, em 2025 ou até 2026”, diz Cruz.

Leia os detalhes sobre o pacote fiscal na cobertura do Estadão.