A Petrobras sofreu o segundo pior revés na Bolsa de Valores desde o início do Plano Real. Com a queda de mais de 20% tanto de PETR3 como de PETR4 no pregão de 22 de março de 2021, o valor de mercado da companhia encolheu R$ 74,24 bilhões, de acordo com levantamento da Economatica.
A decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, de trocar o executivo Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Luna e Silva desencadeou a crise que fez as ações desabarem. A intervenção política na empresa de capital misto foi vista com ressalvas pelos principais agentes do mercado financeiro.
O estrago provocado por Bolsonaro só não foi maior do que o registrado em 9 de março de 2020, quando a crise do coronavírus somada à queda de 24% no preço do barril de petróleo, em razão de uma disputa entre Rússia e Arábia Saudita, fizeram o valor de mercado da Petrobras diminuir R$ 91,12 bilhões em um único dia.
A diferença entre as duas maiores quedas no valor de mercado da Petrobras é que em 9 de março de 2020 havia um problema generalizado, tanto que houve circuit breaker na Bolsa brasileira, que encerrou o dia com queda de 12,1%, aos 86.067 pontos. Já em 22 de fevereiro de 2021, a petroleira foi a responsável por puxar o principal índice da bolsa para baixo, que encerrou o dia em queda de 4,87%, aos 112.668 pontos.
Das 10 maiores quedas diárias em valor de mercado, cinco aconteceram em 2020, quando a covid-19 afundou os mercados globais e fez o petróleo ser negociado abaixo de zero. Outras três vezes estão ligadas à greve dos caminhoneiros de 2018, um período que paralisou o Brasil.
Acompanhe abaixo o quadro completo:
Petrobras: Maiores quedas diárias de valores de mercado