O bilionário Juca Abdalla, um dos maiores investidores de longo prazo da B3 com valores superiores a R$ 20 bilhões em ações, voltou a fazer aportes milionários na Petrobras (PETR3). No dia 5 de março, o megainvestidor comprou 4.6700.000 ações ordinárias da estatal pelo preço unitário de R$ 38,93. Ao todo, o valor da operação foi de R$ 181,82 milhões.
Naquele pregão, a quarta-feira de cinzas após o feriado prolongado de carnaval, as petrolíferas da B3 tiveram um dia negativo, contaminadas pela queda de quase 3% do petróleo no exterior causada pela notícia do aumento da produção do óleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Países Aliados (Opep+) a partir de abril. O movimento fez a PETR3 cair 4,61%, enquanto a PETR4 cedeu 3,65% – abrindo espaço para um novo aporte de Abdalla.
Depois, o megainvestidor voltou a comprar mais 1,8 mil PETR3 em 11 de março pelo preço unitário de R$ 37,35. No fim do mês, vendeu 3 mil ações preferenciais PETR4 por R$ 37,62, embolsando cerca de R$ 112,8 mil.
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Como saldo final, Abdalla agora detém 227.943.727 ações ordinárias e 7.418 ações preferenciais da Petrobras. Nas cotações atuais, a posição consolidada soma cerca de R$ 7,8 bilhões em ativos da estatal.
As informações estão disponíveis no formulário de posição consolidada, referente a fevereiro, enviado pela Petrobras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última quinta-feira (10). O documento informa ao mercado todas as negociações realizadas por administradores e pessoas ligadas à companhia.
É a segunda compra de R$ 181,82 milhões feita pelo megainvestidor em um período de dois meses, ambas em dias de queda brusca da Petrobras na Bolsa. No final de fevereiro, enquanto a estatal perdia R$ 24,5 bilhões em valor de mercado pela repercussão negativa do balanço referente ao 4º trimestre de 2024, o executivo também foi às compras e adquiriu 4.670.000 ações ordinárias a um preço unitário de R$ 38,93. Demos os detalhes aqui.
José João Abdalla Filho é dono do Banco Clássico, que administra o fundo de ações Dinâmica Energia, um FIA fechado, de patrimônio líquido na casa de R$ 20 e destinado aos aportes do bilionário. A estratégia de investimentos é focada nos segmentos de óleo e gás, energia e mineração, com posições compradas há mais de 10 anos, segundo informações submetidas à própria Petrobras. O megainvestidor faz parte do Conselho de Administração da estatal, além de ser membro do Comitê de Investimentos e do Comitê de Minoritários da companhia. O executivo também é acionista relevante na Eletrobras (ELET3) e na Cemig (CMIG4).
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