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Goldman Sachs: Petrobras (PETR4) deve pagar dividendos acima da Selic

Analistas estimam dividendos de 15,7% do valor de mercado da Petrobras para o ano de 2024

Goldman Sachs: Petrobras (PETR4) deve pagar dividendos acima da Selic
Fachada da Petrobras. Foto: Adobe Stock
  • O Goldman Sachs mantém sua recomendação de compra para a Petrobras com preço-alvo de R$ 41,90, uma alta de 8,8%
  • Os analistas do Goldman Sachs dizem que a Petrobras tem uma sólida governança corporativa iniciada em 2016, e por isso, tem boas perspectivas para a empresa
  • O Itaú BBA afirma que a gasolina está sendo vendida abaixo da política de preços proposta pela Petrobras

Os analistas do Goldman Sachs se reuniram com a nova CEO da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, para falar sobre o futuro da gestão da executiva na companhia. Após as conversas, os analistas mantiveram suas projeções para pagamento de dividendos da Petrobras para 2024 em 15,7%, acima da Selic de 10,50%.

O cálculo foi realizado após a CEO comentar com os analistas que manterá a atual política de dividendos da companhia. A política de dividendos da Petrobras prevê o pagamento de 45% do Fluxo de Caixa Livre (FCL) da companhia em proventos caso o endividamento bruto seja igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor (atualmente US$ 65 bilhões).

Ou seja, a expectativa é de que a companhia pague 45% do lucro de 2024 em dividendos. A equipe do Goldman Sachs estima uma receita de R$ 499,6 bilhões para Petrobras em 2024 com um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 257,4 bilhões no período. Sendo assim, os analistas estimam para a companhia um Fluxo de Caixa Livre de 17,3% para este ano, o que deve resultar no dividendo de 15,7% do valor de mercado da ação.

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Essa estimativa de lucratividade é feita com base nas falas da CEO da empresa, que disse para os analistas que planeja manter as atuais políticas de preços de combustíveis e de remuneração aos acionistas da Petrobras. Ela comentou também que direcionará esforços para executar o atual plano de investimentos da empresa.

“Como apontamos anteriormente, a Petrobras tem visto uma recuperação plurianual nos preços das ações, mesmo após diversas mudanças na liderança nos últimos anos, o que atribuímos tanto aos sólidos fundamentos corporativos quanto à melhoria da governança como resultado de seu processo de recuperação que começou em 2016”, dizem os analistas.

Eles explicam também que as leis atuais e o estatuto social existente da petroleira apresentam desafios para a nova administração alterar significativamente a alocação de capital e as estratégias de preços de combustível da Petrobras. Por causa disso, eles não esperam grandes revisões na estratégia e nas principais políticas da empresa, pelo menos para o futuro a médio prazo.

O Goldman Sachs mantém sua recomendação de compra para as ações da Petrobras com preço-alvo de R$ 41,90, uma alta de 8,8% na comparação com o fechamento de terça-feira (2), quando a ação encerrou o pregão a R$ 38,51.

Gasolina está abaixo da banda estipulada pela Petrobras

Embora a atual política de preços da Petrobras tenha sido vista com bons olhos pelo mercado, os analistas do Itaú BBA comentam que o combustível está sendo negociado abaixo da política de preços da Petrobras. No ano passado, a estatal mudou a política de preços ao abandonar o Preço de Paridade de Importação (PPI) e passou a usar um preço médio entre o Preço de Paridade de Importação e o Preço de Paridade de Exportação (PPE).

No segundo caso, o preço do frete é descontado do valor do barril de petróleo. A medida foi bem recebida pelo mercado, como um bom meio-termo entre ‘abrasileirar’ os preços dos combustíveis e manter a Petrobras com uma boa margem de lucratividade. No entanto, nesta última terça-feira (2), o preço da gasolina entrou em defasagem em relação ao PPI e ao PPE.

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Segundo dados do Itaú BBA, a Petrobras deveria cobrar R$ 3,45 por litro de gasolina pelo PPI, ou R$ 3,07 por litro da gasolina pelo PPE. No entanto, a gasolina custa R$ 2,81 por litro. O número está 18% abaixo do PPI e 8% abaixo do PPE. “Acreditamos ser provável que a Petrobras espere mais para ter uma visão mais clara do cenário internacional antes de fazer um ajuste de preço para evitar transmitir a volatilidade dos mercados internacionais preços ao consumidor interno”, dizem Monique Greco Natal, Bruna Amorim e Eric de Mello, que assinam o relatório do Itaú BBA.

Vale lembrar que até o fim de junho a gasolina estava na faixa de preços adequada entre o PPI e o PPE. Já o diesel se encontra na faixa ideal. O combustível é vendido a R$ 3,48, 17% abaixo dos R$ 4,20 do PPI, mas 2% acima dos R$ 3,40 do PPE. Os analistas não revelam nem recomendação e o preço-alvo para a Petrobras nesse relatório.

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