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A expectativa é que a produção da estatal chegue a até 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre de 2025, alta de cerca de 11% na comparação com o mesmo período de 2024. O resultado, se confirmado, deve ser creditado à performance do Campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos.
O Santander estima que a produção da Petrobras tenha ficado em torno de 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia no segundo trimestre de 2025, um volume recorde. “Temos essa perspectiva após um forte número de produção nacional em junho – alta de 3,4% na comparação com maio, para 2,36 milhões de barris por dia (bpd)”, disseram os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, que assinam o relatório.
Conforme o banco, a produção do Campo de Búzios avançou para cerca de 662 mil bpd em junho, ante 616 mil bpd em maio. Esse aumento acontece após a Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência (FPSO, na sigla em inglês) de Almirante Tamandaré crescer sua produção para cerca de 87 mil bpd no mês passado, contra cerca de 61 mil bpd em maio.
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Já os analistas do UBS BB estimam uma média de produção para a Petrobras 4% maior em relação ao trimestre anterior e de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado. No segundo trimestre de 2024, a estatal reportou uma produção de 2,66 milhões bpd, o que implica em uma produção média estimada em 2,95 milhões se houver a alta de 11% projetada pelo UBS.
O banco, no entanto, calcula que a queda de 14% na produção do campo Tupy pode pesar, mas os impactos serão reduzidos pela produção da Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência da Cidade de Paraty, que subiu 11% no mesmo período.
“A estatal aguarda uma série de novas unidades entrarem em operação durante 2025 e uma aceleração adicional até 2026, sustentando nossa estimativa de produção de petróleo em 2,3 milhões de barris por dia e 2,4 milhões de barris por dia para 2025 e 2026, respectivamente”, diz o UBS BB.
O relatório do é assinado pelos analistas Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Victor Modanese.
Em meio aos números, os analistas da XP Investimentos estimam que a estatal deve publicar venda com o preço-médio do petróleo do tipo Brent a US$ 67 por barril, queda de 12% em relação aos US$ 76 por barril do primeiro trimestre de 2025.
Com base nessas estimativas, a XP espera lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Petrobras de US$ 10,5 bilhões no segundo trimestre de 2025, recuo de 1% na comparação com o trimestre anterior.
Já o lucro líquido da Petrobras deve ficar em US$ 4,8 bilhões, baixa de 20% em relação ao trimestre anterior. Essa perspectiva de resultado advém da queda do preço do petróleo na comparação entre os dois trimestres iniciais de 2025.
No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro da Petrobras é positivo, pois representa uma reversão do prejuízo de US$ 2,6 bilhões do segundo trimestre de 2024.
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“Com relação ao fluxo de caixa, esperamos que os níveis de investimentos permaneçam praticamente estáveis em relação ao trimestre anterior e o Fluxo de Caixa Livre do Trimestre totalize US$ 2,6 bilhões (3,5% de yield). Finalmente, com base na política de dividendos da Petrobras, estimamos dividendos ordinários em US$ 2,2 bilhões, equivalentes a um rendimento de 3,0% no trimestre”, explicam Regis Cardoso e João Rodrigues, que assinam o relatório da XP.
Em meio às expectativas positivas para o relatório desta terça-feira, a maioria dos analistas ouvidos pela reportagem está otimista com a ação PETR4. O UBS BB tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 46 para Petrobras, alta de 43,66% na comparação com o fechamento de segunda-feira (28), quando a ação encerrou o pregão a R$ 32,02.
“Calculamos nosso preço-alvo com base na atratividade da taxa de câmbio em relação às American Depositary Receipts (ADRs), o que torna o preço do papel atraente para o investidor. No entanto, vemos alguns riscos, como a condução da disciplina de investimentos e retorno de novos projetos, principalmente em áreas não essenciais”, dizem Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Victor Modanese, que assinam o relatório do UBS BB.
A XP Investimentos também recomenda compra com preço-alvo de R$ 46 para Petrobras, crescimento de 43,66%. Os analistas dizem que nos últimos trimestres a estatal superou as perspectivas de produção. Além disso, a perspectiva da corretora para os dividendos de PETR4 nos próximos anos justifica a recomendação de compra.
“Nossas estimativas de Ebitda aumentaram em 2% para 2026 e em 5% para 2027. Assumindo um Brent de US$ 70 por barril, esperamos que os rendimentos dos fluxos de caixa livre atinjam cerca de 15,5% em 2026 e 2027. Por isso, mantemos nossa recomendação de compra“, argumentam Regis Cardoso e João Rodrigues da XP.
O Santander é o único a ter recomendação neutra para a Petrobras com preço-alvo de R$ 38,00 para o fim de 2025, alta de 18,67% na comparação com o fechamento de segunda-feira, quando a ação encerrou o pregão a R$ 32,02.
Os analistas estão receosos com a ação devido ao fato de a petroleira estar em um período mais desafiador em seu plano estratégico, com margem de manobra limitada no balanço patrimonial, com preços da commodity mais baixos previstos até o fim de 2025. Os especialistas calculam que os dividendos da Petrobras devem ficar em 9% no acumulado de 2025.
“Além disso, acreditamos que potenciais aquisições e o leilão da Pré-Sal Petróleo (PPSA) podem reduzir nossas expectativas de distribuição de proventos no curto prazo e aguardamos possíveis ajustes no plano de negócios no quarto trimestre de 2025”, explicam Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, que assinam o relatório do Santander sobre Petrobras.
Na noite desta terça-feira, 29 de julho de 2025.
A maioria dos analistas recomenda compra, com preço-alvo de até R$ 46.
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