

As ações da Vibra Energia (BRFT3F) podem dobrar de preço nos próximos meses diante dos temores de uma possível estagflação (baixo crescimento econômico junto com aumento dos preços) nos Estados Unidos e da volatilidade relacionada à eleição presidencial no Brasil. É o que avalia o Bradesco BBI, em relatório, após reavaliar as suas preferências para as companhias do setor de óleo e gás. A corretora estabeleceu um preço-alvo de R$ 34 para as ações da Vibra, o que representa uma alta de 103% ante a cotação do fechamento do pregão da última sexta-feira (24).
Os fundamentos para avaliação da BRFT3F estão nas boas perspectivas para o setor de distribuição de combustíveis que devem apresentar, segundo os analistas, maiores volumes e melhores margens no segundo trimestre. E caso a desaceleração econômica nos EUA e na China aconteça, os preços dos combustíveis podem cair, o que acrescenta algum alívio para o capital de giro e margens das empresas do setor.
Neste contexto, a Vibra se destaca entre as suas concorrentes na avaliação do Bradesco BBI. “A empresa tem a maior exposição à distribuição de combustíveis entre seus pares e suas ações caíram 18,5% no acumulado do ano, contra 13,5% da Ultrapar e 22,5% da Raizen”, ressaltam os analistas José Cataldo e Vicente Falanga em relatório.
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Outro ponto destacado foi a aquisição da empresa de energia Comerc, que deve melhorar o fluxo de caixa ao acionista e o pagamento de dividendos. Os analistas avaliam também que a Vibra pode trazer proteção ao portfólio em uma possível mudança de governo por estar dentro de um setor menos ligado aos preços do petróleo quando comparados a outras empresas, como a Cosan e a Raízen.
“Um possível teto nos preços da gasolina limitaria os retornos relativos ao etanol e, potencialmente, aumentaria a oferta global incremental de açúcar”, afirmam Cataldo e Falanga.