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Por que IRBR3, ELET3 e BPAC11 tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa

Os três papéis registraram as maiores quedas no pregão da B3 desta segunda-feira

Por que IRBR3, ELET3 e BPAC11 tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa
Logo da Eletrobras (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
  • O Ibovespa encerrou o pregão com queda de 0,45%, aos 92.375 pontos
  • As três ações que mais perderam preço no dia foram IRB Brasil (IRBR3), Eletrobrás ON (ELET3) e BTG Pactual (BPAC11)

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (15) em baixa de 0,45%, aos 92.375,52 pontos e giro financeiro de R$ 42,3 bilhões. O índice chegou a recuar quase 3%, na esteira dos temores sobre uma eventual segunda onda de contágio pelo coronavírus, que poderia interromper o processo de reabertura das economias.

Mais tarde, porém, o pessimismo foi atenuado pela escolha de Bruno Funchal para ocupar o cargo de secretário do Tesouro Nacional no lugar de Mansueto Almeida, que sairá em agosto.

As três ações que registraram as maiores quedas no dia foram IRB Brasil (IRBR3), Eletrobrás ON (ELET3) e BTG Pactual (BPAC11).

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Confira o que afetou o desempenho desses três papéis.

IRB Brasil (IRBR3)

Os papéis do ressegurador IRB, apesar de terem desacelerado as perdas durante o dia em meio ao maior otimismo, fecharam em queda de 9,92%, a maior do Ibovespa. Um operador do mercado aponta que a insegurança quanto à companhia ainda é grande e que o mercado segue precificando maior cautela às vésperas da divulgação dos dados financeiros do primeiro trimestre de 2020, marcados para o próximo dia 18.

Mesmo sem estar diretamente relacionado ao noticiário sobre a covid-19, IRB Brasil ON foi penalizado pela cautela do mercado como um todo, que disparou ordens de venda em posições vistas como de maior risco.

“É uma fuga da incerteza. Os grandes fundos mantêm distância do papel e, em dias de maior instabilidade, com maior volume de vendas por pessoa física, vemos esses movimentos intensos do papel”, afirmou ao Broadcast o analista Henrique Esteter, da Guide Investimentos.

Eletrobrás ON (ELET3)

A questão da futura saída de Mansueto do governo, mesmo com o anúncio de Bruno Funchal como seu sucessor, acabou pesando para a Eletrobrás e acrescentando risco ao cenário. Com isso, o papel recuou 3,61%.

“A Eletrobrás tem potencial de privatização em cascata. Com o Marco de Saneamento agendado para a próxima semana, isso pode acabar atrasando as privatizações do setor energético”, explicou ao E-Investidor o analista Marcio Loréga, da Ativa Investimentos. “Isso pode ter causado mau humor nos investidores e, assim, mesmo com a melhora do mercado, o valor do papel não se recuperou.”

BTG Pactual (BPAC11)

De acordo com Loréga, O mau resultado de BPAC11, que registrou baixa de 3,49%, se insere em um movimento maior de queda de todos os bancos. “O setor não performou bem, depois que o Goldman Sachs rebaixou a avaliação do Itaú de ‘compra’ para ‘neutro’. Isso acabou pesando para todos os bancos”, ele explica.

O analista da Ativa menciona também a recente decisão judicial que obrigou os bancos a testarem todos os funcionários para covid-19. “Isso gerou um custo extra para os bancos, em um momento em que eles já enfrentam a alta da inadimplência e lutam para ser resilientes e entregar algum retorno.”

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*Com Estadão Conteúdo

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