O Ibovespa subiu 0,72% na semana, passando de 111.496,21 pontos para 112.298,86 pontos. O grande destaque da semana foi o simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos, que nesta sexta-feira (26) reuniu autoridades do banco central americano, o Federal Reserve, e economistas para discutir política monetária.
Os mercados globais passaram a semana aguardando o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na expectativa de que a autoridade desse indícios dos próximos passos para combater a inflação no País. O tom mais duro de Powell fez as bolsas encerraram em queda, inclusive no Brasil.
Por aqui, porém, o Ibovespa mostrou resiliência e ainda conseguiu fechar a semana no positivo. “O Brasil continua performando melhor do que o resto do mundo. O S&P 500, por exemplo, acumulou uma queda de quase 3% na semana, enquanto o Ibov se valorizou 0,7%. Isso mostra que a bolsa brasileira está segurando bem a queda lá de fora”, destaca Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital.
Por aqui, as eleições presidenciais de outubro também foram destaque, com o início das sabatinas dos candidatos no Jornal Nacional, da TV Globo. Veja como o mercado reagiu às falas de Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Lula (PT).
Na terça (23), quarta (24) e quinta-feira (25), o Ibovespa apresentou altas de 2,13%, 0,04% e 0,56%, respectivamente. Os dias de baixa foram a segunda (22) e esta sexta-feira (26), com uma desvalorização de 0,89% e 1,09%, respectivamente.
Durante a semana, o real se valorizou frente ao dólar e ao euro. A moeda americana caiu 1,740%, a R$ 5,07, enquanto a moeda europeia cedeu 2,31%, a R$ 5,06.
As três ações que mais caíram na semana foram IRB Brasil (IRBR3), Suzano (SUZB3) e Eztec (EZTC3).
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Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
IRB Brasil (IRBR3): -10,45%, R$ 1,97
As ações da IRB Brasil sofreram a maior desvalorização da semana no Ibovespa, com queda de 10,45% a R$ 1,97. Nem mesmo o anúncio de uma nova oferta de ações no valor de R$ 1,2 bilhões conseguiu reverter o desempenho negativo dos papéis na semana.
Em relatório, o Citi afirmou que a reestruturação iniciada há dois anos pelo IRB Brasil ainda pesa sobre o ressegurador.
A IRBR3 sobe 3,14% no mês. No ano, tem queda de 51%.
Suzano (SUZB3): -9,25%, R$ 45,35
As ações da Suzano também sofreram com uma semana negativa, encerrando o período com queda de 9,25%, cotadas a R$ 45,35.
O movimento é reflexo, principalmente, da reavaliação do Bradesco BBI, que rebaixou a recomendação dos papéis para “venda”.
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A SUZB3 cai 6,09% no mês e 22,77% no acumulado do ano.
Eztec (EZTC3): -7,78%, R$ 18,02
As ações da Eztec completam o trio de maiores quedas na B3, com desvalorização de 7,78% na semana. A EZTC3 encerrou o período cotada a R$ 18,02.
Os papéis sobem 7,26% em agosto, mas têm queda de 8,67% no acumulado do ano.