A política fiscal do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva pode ser mais conservadora do que o mercado está precificando, apesar da defesa, por parte do PT, de erros cometidos durante o governo Dilma Rousseff nas estatais, avalia a Medley Advisors em relatório.
Leia também
Para o analista sênior de política e macroeconomia da Medley Advisors, Mário Lima, que assina o relatório, Lula “está ciente de que qualquer crise econômica pode desencadear oposição política e agitação social” por ter vencido as eleições presidenciais com margem apertada, apesar de o Medley considerar que o PT tem “defendido os mesmos erros vistos na gestão de Dilma Rousseff” em órgãos estatais como Petrobras e bancos de desenvolvimento.
“A nomeação de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES e a mudança da Lei das Estatais sem dúvida levantaram algumas dúvidas”, afirma.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A Medley avalia também que a indicação de Fernando Haddad para comandar o Ministério da Fazenda foi “a escolha certa, mesmo que os mercados prefiram outros candidatos ao cargo de ministro”. As indicações dos economistas Bernard Appy e Gabriel Galípolo para a futura equipe ministerial “são promissoras”, segundo Lima.
No relatório, a Medley Advisors afirma também que Haddad “até agora, evitou a ideia de expansão fiscal como forma de estimular a economia”. O texto observa que o futuro ministro vem enfatizando sua passagem como prefeito de São Paulo, entre 2013 e 2017, quando adotou postura de responsabilidade fiscal.