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- Temporada de balanços continuam no foco dos investidores nesta sexta
- Na Europa, após o resultado das vendas no varejo do Reino Unido, o mercado aguarda pelo sentimento do consumidor da zona do euro
- No Brasil, hoje é dia de vencimento de opções sobre ações na B3
A 12 dias da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), os mercados acompanham atentamente discursos de dirigentes da instituição, com John Williams (NY) e Mary Daly (S.Francisco) previstos para esta sexta-feira (21). No Brasil, hoje é dia de vencimento de opções sobre ações na B3, enquanto na Europa, após o resultado das vendas no varejo do Reino Unido, o mercado aguarda pelo sentimento do consumidor da zona do euro (11h00).
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As bolsas europeias estão todas no vermelho nesta manhã após a forte queda das vendas no varejo do Reino Unido em setembro na margem (-1,4%, de previsão de -0,5%) e em meio à crise política após a renúncia da primeira-ministra Liz Truss.
Os futuros de Nova York são pressionados pelo tombo de mais de 8% das ações do Twitter após relatos de que o governo dos Estados Unidos poderá submeter alguns dos negócios do bilionário Elon Musk a uma revisão de segurança nacional, incluindo o próprio acordo de compra da rede social. Também há relatos de que Musk pretende demitir quase 75% dos funcionários do Twitter se concluir a aquisição da empresa.
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No Japão, o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) teve aumento anual de 3% em setembro, o maior em oito anos. Embora tenha meta de inflação de 2%, o Banco do Japão (BoJ) vem mantendo uma política monetária ultra-acomodatícia. O ministro das Finanças do país, Shunichi Suzuki, reiterou nesta sexta-feira preocupações com a rápida desvalorização do iene e reforçou prontidão para intervir no mercado de câmbio.
Nos EUA, diante da preocupação com a inflação, o mercado vê 95,1% de chance de uma nova alta de 75 pontos-base dos juros no dia 2 de novembro, segundo apontava nesta manhã o CME Group.
A cautela externa e o vencimento de opções sobre ações na B3 podem trazer mais volatilidade ao Ibovespa nesta sexta-feira, enquanto o dólar mais forte ante principais divisas e moedas emergentes pode apontar para um dia de perdas para o real.
O câmbio e avanço dos yields (retorno) dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) longos trazem pressão para inclinação da curva de juros, uma vez que os curtos devem se mexer pouco diante da aposta já bem precificada de a Selic ser mantida em 13,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira.
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A influência da externa, no entanto, pode ser limitada pela expectativa com acirrada corrida presidencial, com segundo turno no dia 30. As mais recentes pesquisas de intenção de voto têm apontado uma aproximação ou até mesmo empate técnico entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa eleitoral, ao mesmo tempo em que indicam uma queda na rejeição ao governo do atual presidente – e isso animou os mercados locais, ontem.
Diante dessa nova perspectiva, gestoras revelaram ao Broadcast Investimentos o aumento do otimismo com um rali para ativos domésticos após o segundo turno – a expectativa é que algumas ações possam saltar 50% “rapidamente”.
Na política, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou resolução que amplia os poderes do colegiado para determinar a remoção de notícias que considerar falsas e encurta o prazo para que as ordens sejam cumpridas. Parlamentares de centro avaliam que Alexandre de Moraes, presidente da Corte, deu o argumento que os bolsonaristas pediam para limpar a barra deles na avalanche de fake news. A palavra censura virou o tema da vez.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se justificar sobre a fala polêmica em relação às meninas venezuelanas e disse que utilizou o termo “pintou um clima”, que afirmou ser de uso recorrente em seu vocabulário, “para conversar com elas”.
Agenda
A agenda desta sexta-feira tem como destaque a temporada de balanços, com resultados de Verizon e American Express no foco. O presidente do Fed de Nova York, John Williams, e a do Fed de São Francisco, Mary Daly, discursam (10h00 e 12h30). Entre os indicadores, sai o sentimento do consumidor da zona do euro (11h00).
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No Brasil, hoje é dia de vencimento de opções sobre ações na B3. O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da cerimônia na Base Aérea de Brasília (10h00).
Por volta das 7H20
Barril do petróleo WTI para dezembro caía 0,40% na Nymex, a US$ 84,17, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 0,29% na ICE, a US$ 92,11.
No mercado futuro em Nova York, o Dow Jones caía 0,44%, enquanto o S&P 500 recuava 0,63% e o Nasdaq recuava 0,93%. Na Europa, a Bolsa de Londres caía 0,87%, a de Frankfurt recuava 1,50% e a de Paris cedia 1,63%.
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Rendimento da T-note de 10 anos subia a 4,276% (de 4,228%) e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,310% (de 4,224%), enquanto o da T-note de 2 anos caía a 4,602% (de 4,614%).
Índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, subia 0,56%, a 113,51 pontos, enquanto a libra caía a US$ 1,1113 (de US$ 1,1214), o euro recuava a US$ 0,9733 (de US$ 0,9781) e o dólar avançava a 150,98 ienes (de 150,24 ienes)
