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Veja qual fator preocupa os investidores mais do que os juros em 2024

Eleições presidenciais nos EUA estão marcadas para novembro de 2024, mas já aparecem nas análises

Veja qual fator preocupa os investidores mais do que os juros em 2024
Eleição nos EUA em 2024 deve repetir disputa entre Donald Trump e Joe Biden. Foto: REUTERS/Octavio Jones/File Photo
  • O ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos ditou o ritmo dos mercados globais em 2023, mas investidores parecem ter outras preocupações para 2024
  • As eleições presidenciais nos EUA marcadas para novembro do ano que vem tomaram o lugar dos juros como foco das preocupações de investidores
  • É o que mostra a "Pesquisa de Investidores de 2023: Insights para um Futuro Mais Brilhante", feita pela gestora global Janus Henderson Investors e divulgada em primeira mão ao E-Investidor

O ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos ditou o ritmo dos mercados globais em 2023. A preocupação com a alta da taxa de juros por lá e o impacto disso na atividade da maior economia do mundo foi acompanhada de perto por muitos investidores como um fator determinante para as tomadas de decisão de investimento. O tema segue no radar para 2024, no entanto, agora eles parecem ter outras preocupações.

A “Pesquisa de Investidores de 2023: Insights para um Futuro Mais Brilhante”, feita pela gestora global Janus Henderson Investors e divulgada em primeira mão ao E-Investidor, mostra que as eleições presidenciais nos EUA tomaram o lugar dos juros como foco das preocupações de investidores.

Cerca de 49% dos investidores entrevistados estão muito preocupados com o impacto que a disputa política terá em suas finanças no próximo ano; mais do que a inflação persistente (35%), risco de recessão (29%), aumento das taxas de juros (27%) e desempenho fraco do mercado de ações (20%).

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As eleições nos EUA estão marcadas para novembro de 2024, mas começam a ser desenhadas desde já. Dados de intenção de voto por lá indicam uma provável repetição da disputa entre o presidente democrata Joe Biden e o ex-presidente republicano Donald Trump, os mesmos candidatos ao pleito em 2020.

E até o momento Trump parece estar liderando a corrida presidencial: uma pesquisa divulgada em 29 de outubro e publicada pela Reuters mostrou que o ex-presidente está à frente do rival Biden nos estados de Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada e Pensilvânia – cinco dos seis estados mais importantes para determinar os resultados das eleições no país.

Leia também: Como a possível reeleição de Trump em 2024 afeta o investidor brasileiro

A pesquisa da Janus mostra que investidores mais velhos estão mais receosos que os mais jovens. Quase 7 em cada 10 (69%) membros da Geração Silenciosa (75 anos ou mais) estão muito preocupados com a eleição presidencial dos EUA de 2024, em comparação com apenas 37% dos Millennials (25 a 40 anos). Mas o histórico dos anos eleitorais pode acalmar os ânimos.

“Apesar da preocupação dos investidores com a eleição presidencial dos EUA de 2024, os resultados historicamente não têm sido motivo para sair dos mercados de capitais”, diz no relatório Matt Sommer, chefe do grupo de consultoria especializada na Janus Henderson Investors. “De fato, olhando para os retornos do S&P 500 de 1937 a 2022, o retorno anual médio foi de 9,9% nos anos de eleição presidencial e de 12,5% nos anos sem eleição.”

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Nesta outra reportagem, mostramos que as eleições presidenciais dos EUA também foram destaque no relatório Year Ahead 2024, do UBS, como um tema que deve impactar os investimentos no próximo ano. O entendimento é o mesmo: na média, apesar dos ruídos, a disputa política não é necessariamente um fator negativo no desempenho das bolsas americanas.

Gestão ativa para mercados desafiadores

A pesquisa da Janus mostra ainda uma tendência de aumento de demanda por gestão ativa de investimentos e por educação financeira. 71% dos investidores entrevistados relataram que investir se tornou mais desafiador nos últimos anos e quase o mesmo número (61%) disse que o custo de vida está subindo mais rápido do que sua renda e investimentos.

A saída tem sido contar com a ajuda profissional para navegar no mercado em tempos mais desafiadores, mostra a pesquisa. Entre os entrevistados que possuem fundos mútuos ou ETFs, 66% querem fundos ativos em seu portfólio. Essa preferência está associada à presença de um consultor financeiro, já que 34% dos investidores com um consultor preferem fundos ativos em comparação com 18% dos investidores sem um consultor financeiro.

“A discussão entre ativos e passivos evoluiu para além de uma decisão de ‘ou isso ou aquilo’ para o benefício de todos os investidores”, explica Sommer. “Com a perspectiva de taxas de juros mais altas por mais tempo lançando uma sombra sobre o crescimento econômico futuro, os investidores estão cada vez mais se voltando para a gestão ativa para mitigar riscos em suas carteiras e diferenciar entre boas e más empresas à medida que custos de capital mais altos criam novos desafios competitivos.”

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