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Ágora e BBI reduzem preços-alvo de JBS e Marfrig

A alteração foi feita com base na visão cautelosa com a compressão das margens do segmento de carne bovina

Ágora e BBI reduzem preços-alvo de JBS e Marfrig
Fachada da JBS. (Foto: J.F. Diorio/Estadão)
  • A JBS saiu de R$ 36 para R$ 34, o que representa potencial de alta de 13,2% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já a Marfrig saiu de R$ 22 para R$ 18, potencial de 45,9%

Bruna Camargo – A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI informaram hoje a redução no preço-alvo das ações da JBS e da Marfrig, mantendo recomendação Neutra para ambas. A JBS saiu de R$ 36 para R$ 34, o que representa potencial de alta de 13,2% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já a Marfrig saiu de R$ 22 para R$ 18, potencial de 45,9%.

A alteração foi feita com base na “visão cautelosa com a compressão das margens do segmento de carne bovina nos Estados Unidos”, destacam os analistas Leandro Fontanesi, do BBI, e Ricardo França, da Ágora, que assinam o relatório.

“As ações da JBS e da Marfrig tiveram desempenho inferior ao IBOV em 35pp e 15pp no acumulado do ano, respectivamente, uma vez que as margens de carne bovina dos Estados Unidos, um dos principais impulsionadores dessas ações, estão comprimindo e estão abaixo da média de cinco anos”, afirmam Fontanesi e França. Assim, “o BBI reduziu a projeção de margem Ebitda para carne bovina dos Estados Unidos em 2023 para 7% para JBS versus o consenso de 8%, e para Marfrig para 8% versus o consenso que acreditamos ser de 9%”, descrevem.

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No caso da JBS, o relatório avalia que a estratégia da empresa de realizar recompras de ações e pagar dividendos mais elevados nos últimos anos “foi bem recebida pelos investidores. No entanto, reduzimos nossas estimativas, pois refletimos uma postura mais conservadora para as margens de carne bovina dos Estados Unidos, apesar da melhora dos resultados para outros segmentos, como frango”, explica. “Além disso, dadas as condições desafiadoras do mercado, temos menos clareza sobre o momento da listagem de suas operações nos Estados Unidos, um gatilho positivo muito esperado para as ações”, acrescentam os analistas.

Sobre Marfrig, o relatório afirma que a companhia apresentou “bons resultados nos últimos anos, beneficiando-se de um ciclo positivo para a carne bovina norte-americana, que permitiu à empresa pagar dividendos e, mais recentemente, alocar capital na empresa de alimentos processados BRF”. “No entanto, o Ebitda estimado para 2023 da Marfrig está 16% abaixo do consenso, pois estamos mais cautelosos com as margens de carne bovina dos Estados Unidos, segmento que responde por 80-90% de seu Ebitda total”, pontua.

“A Marfrig começará a consolidar a BRF (agora detém 33%) a partir do 2T22, e projetamos que a relação dívida líquida/Ebitda consolidado cairá para 2,5x em 2023, de 2,8x em 2022, pois projetamos um crescimento robusto do Ebitda da BRF apesar das margens comprimidas para segmento de carne bovina da Marfrig nos Estados Unidos. Assim, acreditamos que a alavancagem consolidada provavelmente ficará abaixo do covenant [compromisso contratual] da dívida de 4,5x dívida líquida/Ebitda”, acrescentam Fontanesi e França.

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