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- Embora as taxas dos títulos prefixados atrelados à Selic estejam atraentes, a equipe de research da XP recomenda ao investidor ter cautela antes de investir
- Já os títulos pós-fixados continuam sendo uma alternativa interessante para o investidor com um perfil conservador
- As projeções sobre os ativos de renda fixa para 2023 foram apresentadas na manhã desta quinta-feira (8) pela XP durante evento para a imprensa
O Comitê de Política Monetário (Copom) do Banco Central (BC) decidiu pela terceira vez consecutiva manter a taxa Selic a 13,75% em sua última reunião de 2022. Com a manutenção do patamar da taxa de juros, os títulos prefixados atrelados à Selic oferecem ao investidor um retorno estabelecido a 13%. No entanto, a equipe de research da XP alerta os investidores sobre a possibilidade de volatilidade nas taxas desses ativos, o que exige cautela na hora de investir.
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A perspectiva se baseia nas incertezas do cenário no campo fiscal com a mudança de governo. Segundo Camilla Dolle, head de research de renda fixa, as taxas dos títulos pré-fixados repercutiram a indefinição dos rumos da economia e também o resultado das eleições no fim de outubro. “As taxas já caíram, mas isso não significa que esse será o patamar que vai ficar (cravado nos 13%). Ou seja, a gente deve ter volatilidade”, diz Dolle em evento promovido pela XP para a imprensa.
Desta forma, embora a taxa de 13% dos títulos prefixados seja atraente, a atual realidade para os ativos exige cautela do investidor. “Dá para ver claramente que é o título mais volátil”, afirma. Já os títulos pós-fixados atrelados à Selic devem seguir ao longo de 2023 como uma opção de investimento interessante. “Continua sendo uma boa alternativa para reserva de emergência, para a criação de caixa e investidores conservadores”, destaca.
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A XP projeta que a taxa básica de juros deve permanecer na casa dos 13,75% até o fim de 2023 e que os cortes dos juros devem iniciar apenas em 2024.
Para os investimentos com um foco no médio e longo prazo, os títulos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são boas alternativas por proteger o patrimônio da alta dos preços que devem seguir em patamares elevados. No entanto, essa medida só será garantida caso o investidor se mantenha posicionado no ativo até a data do vencimento.
As projeções sobre o IPCA apontam para uma desaceleração de 5,8% em 2022 para 5,4%. Segundo a equipe de research, o recuo não será maior devido às incertezas fiscais que tendem a pressionar as expectativas da inflação e dos prêmios de risco.