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Vale (VALE3) fecha o pregão em alta, mas não indica retomada. Entenda

Pressionada pelas incertezas econômicas em relação à China, a alta representa apenas um alívio para os papéis

Vale (VALE3) fecha o pregão em alta, mas não indica retomada. Entenda
Vale integra o grupo das empresas de capital aberto mais valiosas do Brasil.

(Luíza Lanza, especial para o E-Investidor) – As ações da Vale (VALE3) fecharam esta quinta-feira (30) com alta de 0,58%, negociadas a R$ 76,24. Embora os ativos tenham se valorizado pelo segundo dia consecutivo, analistas ainda estão temerosos com a pressão do mercado sobre o setor, principalmente por conta das recentes discussões energéticas e regulatórias na China, a maior compradora de minério de ferro da empresa.

A avaliação é de que a alta seja apenas um repique e não um indício de uma recuperação da commodity. Para Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos, a alteração foi influenciada por dois episódios: a interrupção das atividades de uma mineradora na Austrália e a aproximação de um feriado na China.

“Especialmente essa semana, vemos uma antecipação de pedidos. Isso reflete uma demanda superficialmente maior por conta da aproximação do feriado e isso acaba pontualmente mexendo nas cotações”, avalia.

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A influência das incertezas macroeconômicas de Pequim também dificultam que os resultados positivos da semana determinem uma virada de recuperação no setor. Somente entre agosto e setembro, as ações da companhia caíram 21,2%, incentivadas pelas dúvidas regulatórias, ambientais e operacionais do gigante asiático. “Não há dúvidas de que a China é um player que faz o preço. Mas, quando olhamos para o longo prazo, há algumas dúvidas quanto ao cenário de composição do preço do minério”, diz Arbetman.

João Vitor Freitas, analista de investimentos da Toro, concorda que ainda é cedo para avaliar se a alta das ações da Vale representam o começo de um retorno da empresa. “A alta de hoje não representa em si um movimento de virada. É mais de alívio”, afirma. Para o analista da Toro, a alta é uma correção natural frente à desvalorização das últimas semanas e maiores resultados dependem da continuidade da demanda da China.

Apesar das incertezas, a recomendação da Toro se mantém positiva: “Seguimos com uma visão bem construtiva sobre a Vale. Não mudamos a recomendação por causa do minério”, diz Freitas.

Além das pressões do exterior, o Filipe Fradinho, analista técnico da Clear Corretora, destaca outro motivo que pode ter influenciado na alta das ações da Vale nesta quinta-feira: a Secretaria Regional do Trabalho (SRT) aceitou o pedido da empresa para desinterditar parcialmente o Complexo de Mariana, onde a empresa opera a Estrada de Ferro Vitória a Minas. “Isso também é bem visto pelo mercado, sinal de que as operações estão mais próximas de voltar”, afirma.

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