Depois de 22 anos, o estado do Rio de Janeiro voltará a ter uma bolsa de valores. Desta vez, voltada para negociações de créditos de carbono e ativos ambientais, como energia, clima e florestas.
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O ambiente de negociação será implementado através de uma parceria entre o governo do Rio de Janeiro, a Nasdaq e a Global Environmental Asset Plataform (GEAP). Na terça-feira (8), o governador do Estado, Cláudio Castro, assinou o protocolo de intensões junto às entidades norte-americanas.
O acordo garantiria ao Rio o protagonismo na economia verde e a expectativa é que a ‘Bolsa de Ativos Ambientais’ esteja funcionando no segundo semestre de 2022.
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“A equipe do Governo do Rio de Janeiro tem trabalhado há 8 meses neste protocolo. A Nasdaq fornecerá a tecnologia, e o Estado, os ativos ambientais. Há expectativa que o potencial econômico ambiental do Rio alcance um estoque de CO2 de 73 milhões de toneladas, representando R$ 25 bilhões. E cada tonelada desse ativo ambiental pode custar em média US$ 5. O segmento está ganhando força em todo o mundo e é visto como uma das alternativas de retomada da economia após a crise causada pela pandemia da Covid-19”, ressaltou o governador do Rio, em comunicado divulgado à imprensa.
Mercado de Carbono
Crédito de Carbono é um certificado emitido por países que atingiram suas metas de redução de emissão de gases do efeito estufa. Funciona como uma ‘moeda’ a ser comercializada com nações que não conseguiram alcançar os objetivos de diminuição de poluentes. Cada tonelada de carbono não emitida equivale a um crédito.
“A meta é trazer também os ativos ambientais da iniciativa privada para serem negociados por meio da plataforma da Nasdaq, que, a princípio, vai operar no exterior. Vamos criar ambiente propício para que essa expansão aconteça nos próximos anos. Queremos fazer do Rio um hub de investimentos de ativos ambientais”, afirmou o secretário de Fazenda, Nelson Rocha.