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Além disso, os analistas dizem que a empresa também está focada nas metas do Fator de Universalização (chamado de Fator U), um dos pontos centrais para a distribuição dos dividendos da Sabesp. A companhia de saneamento pode distribuir até 100% do lucro em dividendos.
Segundo a própria Sabesp, o pagamento de 100% dos dividendos está condicionado ao Fator U, nos termos do contrato de concessão. Quanto menor o Fator U, maior será a distribuição de dividendos.
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Por exemplo: caso o indicador seja igual a zero, a distribuição de dividendos da Sabesp estará autorizada a atingir os 100% a partir de 2030. Se ficar entre 0 e 1%, a distribuição de dividendos será limitada a 80% do lucro; entre 1% e 2%, cairá para 60%; e, se passar de 2%, o teto estará no dividendo mínimo exigido pela Bolsa, de 25%.
No entanto, para chegar aos dividendos de 100% do lucro em 2030 a empresa também coloca um período de transição, com evolução gradual do porcentual do lucro pago em dividendos. Os acionistas poderão receber até 50% do lucro líquido ajustado em 2026 e 2027; até 75% em 2028 e 2029; e até 100% a partir de 2030.
Em meio a essas metas e condições, os analistas do UBS BB dizem que a companhia atualizou o andamento das métricas de universalização, com progresso significativo nas residências adicionadas ao tratamento de esgoto. Em julho de 2025, a Sabesp adicionou 7% das residências necessárias ao acesso à água, 7% à coleta de esgoto e 13% ao tratamento de esgoto.
O acesso à água atingiu 118% da meta e a coleta de esgoto está em 93% – portanto, o UBS BB diz que ambos não são uma preocupação para as conquistas deste ano.
“Consideramos isso uma notícia positiva, com 13% das economias necessárias adicionadas em julho (contra 15% em todo o segundo trimestre de 2025), atingindo 64% da adição planejada para 2024 e 2025”, explicam Giuliano Ajeje e Henrique Simões, que assinam o relatório do UBS.
Desse modo, quanto mais a Sabesp avança em relação ao Fator U, mais próxima ela fica de distribuir dividendos polpudos para o investidor. Ainda assim, os especialistas do UBS preferem manter a cautela com a empresa devido a questões do curto prazo. Eles calculam que a companhia deve reportar um custo de capital próprio de 14,2% em 2025 e um Custo Médio Ponderado de Capital pós-impostos de 7,86%.
“Vemos alguns riscos na tese da empresa, como mudanças regulatórias, condições hidrológicas e o cenário macroeconômico adverso”, argumentam Ajeje e Simões. O UBS BB tem recomendação neutra para Sabesp (SBSP3) com preço-alvo de R$ 136, alta de 18,2% em relação ao fechamento de terça-feira (19), quando a ação terminou cotada a R$ 115,23.
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