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- Segundo o governo de São Paulo, a privatização da Sabesp será por meio do modelo de follow-on, oferta subsequente de ações
- Com o avanço no processo de privatização da empresa, os analistas enxergam um potencial de valorização do papel
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, informou nesta terça-feira (1) que o modelo de privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) será por meio de follow-on, oferta subsequente de ações. O anúncio despertou a atenção dos investidores por sinalizar ao mercado um passo importante dado pelo governo rumo à privatização da estatal. Para analistas, a notícia abre uma janela de oportunidade para o investidor que busca “lucrar” com o processo de privatização e com a empresa já privatizada.
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Segundo Flávio Conde, analista de ações da Levante Ideias de Investimentos, alguns investidores já estão investindo na companhia desde o início do ano passado, quando o papel permanecia na faixa de preço de R$ 30. A compra já visava uma possível vitória de Tarcísio de Freitas nas eleições de 2022 que poderia avançar no processo de privatização da estatal. Vale lembrar que, após a eleição do atual governador de SP, o papel da companhia de saneamento básico encerrou o pregão com uma alta de 0,94%, cotado a R$ 60,10.
No entanto, para Conde, ainda há espaço de novos ganhos até a oferta subsequente de ações. “As ações podem ir no máximo até o preço-alvo de R$ 68, cerca de 17% de upside, porque esse seria o valor justo antes da desestatização”, diz o analista da Levante. Mesmo com essa perspectiva, ele recomenda ao investidor se posicionar com foco no médio e longo prazo, quando o processo da desestatização estiver concluído.
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“Com a desestatização, deve entrar bilhões no caixa da companhia e os investimentos poderão ser feitos sem dívidas. Com isso, a Sabesp poderá crescer um número de clientes, receita, Ebitda, lucro líquido e dividendos”, acrescenta Conde. Até chegar nesse patamar, a tendência é que o papel sofra com volatilidade diante das negociações para o avanço do processo. No pregão desta terça-feira (1), as ações da estatal encerraram em de queda 4,13%, cotado a R$ 55,70.
“Trata-se de um momento de insegurança porque, provavelmente, teremos uma “guerra” de liminares e de ações na justiça das pessoas contrárias à privatização. Será semelhante ao da Eletrobras, no sentido que poderá ter sindicatos retardando o processo de finalização da privatização”, diz Carlos Honorato, professor da FIA Business School.
De olho no logo prazo, a Ágora Investimentos possui recomendação de compra para as ações da Sabesp, com um preço-alvo de R$ 88. Se levarmos em consideração a cotação desta terça-feira (1), a estimativa da corretora é que haja uma valorização em torno de 57,9%. O Santander também possui a mesma recomendação para as ações da Sabesp e mantém um preço-alvo de R$ 83,75 para o papel. Já a XP possui recomendação neutra para o papel. As expectativas do mercado apontam para que a privatização seja concluído até o primeiro semestre do próximo ano.