- Empresas de varejo, principalmente dos setores alimentício, vestuário, eletroeletrônicos e o e-commerce devem ser os mais beneficiados com a decisão, segundo o Head de research da Ágora Investimentos, José Cataldo
- A medida deve garantir que a população de baixa renda tenha condições socioeconômicas básicas enquanto a reabertura do País não se completa
- Empresas ligadas ao setor supermercadista, como GPA (PCAR3) e Ambev (ABEV3), podem se beneficiar com o auxílio
O ministro da economia, Paulo Guedes, confirmou a prorrogação do auxílio emergencial para a população mais vulnerável. Com a informação, cresce a expectativa para aceleração da retomada econômica enquanto a população brasileira ainda não está completamente vacinada. Segundo analistas, o benefício não é decisivo para a recuperação, mas pode ajudar alguns setores.
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Empresas de varejo, principalmente dos setores alimentício, vestuário, eletroeletrônicos e o e-commerce devem ser os mais beneficiados com a decisão, segundo o Head de research da Ágora Investimentos, José Cataldo.
A medida deve garantir que a população de baixa renda tenha condições socioeconômicas básicas enquanto a reabertura do País não se completa. “O que tem animado o mercado é a aceleração da vacinação. O auxílio emergencial pode dar uma leve contribuição, mas como o valor é menor do que o distribuído no ano passado, deve ficar mais direcionado aos serviços básicos”, complementa Cataldo.
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Apesar da contribuição social da medida, a revisão da atividade econômica independe do auxílio, assim como o cenário para os setores de varejo, de acordo com a economista da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.
“Empresas que atuam com atividade doméstica devem ser beneficiadas. Apesar do mercado já ter absorvido o impacto da informação do auxílio, espera-se resultados mais promissores para o segundo semestre”, afirma Abdelmalack.
O analista de pesquisa da Toro Investimentos, Lucas Carvalho, avalia que empresas ligadas ao setor supermercadista, como GPA (PCAR3) e Ambev (ABEV3), podem se beneficiar com o auxílio.
De acordo com o analista, a retomada da economia acontece por uma conjunção de fatores. “As vendas no varejo, no mês de abril, vieram muito acima do esperado e esse resultado capta o auxílio emergencial, especialmente as empresas que se relacionam com as necessidades básicas”, avalia Carvalho.
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O Estadão/Broadcast apurou com técnicos do governo que, para bancar a prorrogação, deve ser aberto um crédito extraordinário de cerca de R$ 20 bilhões. O benefício que atende pessoas cadastradas no Bolsa Família, Cadastro Único e Aplicativo Caixa no País, que terminaria em julho, deve ser estendido para mais três meses: de agosto a outubro. Os valores devem variar de R$ 150 a R$ 375, dependendo do tamanho da família.
Além da influência do novo auxílio emergencial, a perspectiva para o aumento da movimentação econômica é otimista, após a divulgação do crescimento em 0,44% do IBC-Br, índice que mede a atividade econômica do País, considerado uma prévia do PIB.
Só até julho de 2021, o valor total a ser repassado é de R$ 17,89 bilhões, segundo a plataforma do Ministério da Cidadania. Segundo a divulgação do site Metrópoles, a decisão foi acordada na semana passada durante uma reunião no Palácio do Planalto. Além de Guedes, estavam presentes Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência).
As informações foram divulgadas inicialmente pelo portal Metrópoles e confirmadas pelo Estadão/Broadcast.
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