

O índice VIX – espécie de “termômetro do medo” em Wall Street – avança 6%, a 48,20 pontos, depois de renovar mais cedo o seu maior nível desde agosto de 2024, a 60,13 pontos. Segundo o Wall Street Journal, só houveram duas ocasiões na história em que o VIX encerrou pregões acima de 50 pontos: na crise financeira de 2008 e no início da pandemia de covid-19, em 2020.
As ações das “Sete Magníficas” – grupo das principais big techs do mercado americano – também ampliam as perdas no pré-mercado de Nova York, ampliando a derrocada que da semana passada. Os papéis da Tesla (TSLA) recuavam 3,60% por volta das 8h (horário de Brasília), enquanto Alhpabet (GOOGL), Apple (AAPL) e Nvidia (NVDA) caem 2,40%, 2,35% e 2,20%, respectivamente. Já Amazon (AMZN), Meta (META) e Microsoft (MSFT) afundam 2,16%, 2,27% e 1,90%, respectivamente. O futuro do Dow Jones recuava 2,13%, o S&P 500 caía 2,09% e o Nasdaq perdia 2,25%.
Nos últimos dois pregões em Nova York, as big techs perderam juntas US$ 1,83 trilhão em valor de mercado, segundo dados da Elos Ayta Consultoria. As perdas se somam à desvalorização desde o início do governo de Donald Trump. Dentre as maiores quedas durante ese período, a Nvidia despencou US$ 183 bilhões no dia 4, acumulando uma baixa de US$ 1,07 trilhão desde janeiro. Apple e Microsoft também registraram perdas expressivas, de US$ 533 bilhões e US$ 515 bilhões, respectivamente, no acumulado do ano.
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O pânico dos mercados se deve às preocupações dos investidores com os efeitos das tarifas de Trump, anunciadas na última quarta-feira (2). Além de elevar as tensões comerciais entre os países atingidos, as medidas protecionistas podem desencadear uma recessão econômica nos EUA ou, em um pior cenário, uma estagflação, quando há a combinação rara de alta dos preços junto com uma queda da atividade econômica, fenômeno bastante temido pelos economistas.
Na sexta-feira (4), o governo chinês impôs uma tarifa de 34% sobre os produtos americano em resposta às medidas do republicano. A contrapartida elevou a tensão comercial entre as duas potências econômicas e ampliou a aversão a risco dos mercados sobrer uma possível desaceleração econômica a nivel global.