

As ações da Vale (VALE3) subiram 3,68% nesta quinta-feira (20), repercutindo os números apresentados no balanço financeiro referente ao 4º trimestre de 2024 da companhia. Mesmo com algumas surpresas negativas, incluindo um prejuízo contábil, o consenso foi que os dados operacionais vieram sólidos, com queda nos custos e boa remuneração de acionistas via dividendos.
A Vale vem sofrendo na Bolsa há algum tempo, refletindo o ceticismo do mercado com o ritmo da economia na China e, por consequência, o preço do minério de ferro. Em 2024, as ações da mineradora caíram 23%, o pior retorno anual desde 2015. A desvalorização fez o valor de mercado da companhia cair abaixo de US$ 40 bilhões pela primeira vez desde 2016.
Mas a VALE3 começou 2025 um pouco melhor. Até o fechamento da quinta-feira, o papel tinha uma alta de 6,59% em fevereiro, a R$ 57,74. E tem quem acredite que as ações da Vale podem subir mais.
Em relatório divulgado após o balanço do 4T24 da mineradora, o Goldman Sachs destacou que, apesar das incertezas com o minério de ferro, as melhorias de eficiência operacional feitas pela companhia não estão sendo refletidas em seu preço. E que há espaço para que a companhia recupere a competitividade ante os pares globais.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
“Embora entendamos as preocupações com o minério de ferro e a preferência geral dos investidores pela exposição ao cobre dado aos ventos contrários macroeconômicos (relação comercial EUA x China, atividade na China), vemos espaço para a Vale recuperar a competitividade relativa”, diz o relatório do banco.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para as American Depositary Receipts (ADRs) da Vale, com preço-alvo de US$ 16. Trata-se de um potencial de valorização de 64,3%.