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- Na última quarta-feira (4), a Cosan (CSAN3) realizou um encontro entre novo CEO Marcelo Martins, o CFO Rodrigo Araujo e alguns representantes do sell side
- A reunião acontece em um momento em que as ações da holding sofrem com a abertura da curva de juros do País, um movimento que acende uma luz amarela na tese de empresas muito endividadas, como é o caso do grupo
- Venda da participação na Vale (VALE3) integra dois dos quatro cenários traçados pelo Bradesco BBI para a companhia em 2025
Na última quarta-feira (4), a Cosan (CSAN3) realizou um encontro entre o novo CEO Marcelo Martins, o CFO Rodrigo Araujo e alguns representantes do sell side. A reunião acontece em um momento em que as ações da holding sofrem com a abertura da curva de juros do País, um movimento que acende uma luz amarela na tese de empresas muito endividadas, caso do grupo.
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Analistas do Itaú BBA estavam presentes e escreveram em relatório que a Cosan pretende focar esforços na desalavancagem da empresa e pode considerar a venda de ativos e/ou participações em subsidiárias. O documento destaca que a administração reforçou que a Compass e a Rumo (RAIL3) são considerados ativos cruciais para o futuro e que não pretende alienar ativos de alta qualidade para reter outros de qualidade inferior.
A XP também esteve no encontro e destacou em relatório que, com foco em ajustar sua estrutura de capital, a Cosan deve se concentrar em seus negócios principais de distribuição de combustíveis e açúcar. “Muitos dos ativos da Cosan são líquidos (por exemplo, ações da Vale) e podem ser monetizados caso haja necessidade de caixa”, dizem os analistas da corretora em relação à liquidez da companhia.
Uma fonte de mercado ligada ao setor de mineração disse ao E-Investidor que os executivos da Cosan disseram explicitamente que a companhia tem intenção de vender os 4,14% do capital social da Vale (VALE3) que possui.
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Em relatório publicado após o encontro com os executivos da Cosan, o Bradesco BBI destacou que é “altamente improvável” que a companhia entre em problemas financeiros, mas que vender a participação na Vale seria uma “bala de prata em termos de desalavancagem”. A venda da Vale integra dois dos quatro cenários projetados para Cosan pelo BBI.
“Vender a participação total de 4,15% na Vale em 2025 ao preço atual da ação de R$ 59/ação que avaliaria a participação em R$ 10,5 bilhões. Seria uma bala de prata em termos de desalavancagem da holding, especialmente dada a liquidez dos ativos”, diz o relatório. “Embora assumamos que a holding usará todos os lucros da venda para pagar dívidas caras, quanto maior o preço de venda, maior será o VPL dos fluxos futuros para a Cosan. Em resumo, para cada aumento de R$ 5/ação nas ações da Vale, o VPL/ação para a Cosan vendendo a Vale seria de R$ 1/ação.”