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Otimismo renovado: Via Varejo (VVAR3) tem potencial de alta de 60%

Com ações oscilando próximo dos R$ 20, as análises de preço-alvo dos papéis variam de R$ 24 a R$ 30

Otimismo renovado: Via Varejo (VVAR3) tem potencial de alta de 60%
A Via Varejo é dona da Casas Bahia e do Ponto Frio (Foto: Felipe Rau/ Estadão Conteúdo)
  • Com os resultados das decisões tomadas pela nova e bem avaliada gestão, com foco pesado no e-commerce, cresce a expectativa de valorização de até 60% dos papéis da companhia negociados na B3
  • No pregão desta quinta-feira (13), o papel da VVAR3 fechou cotado em R$ 18,79. No acumulado de 2020, a companhia acumula crescimento de 67,77%. Considerando a meta de R$ 28 da Eleven, o avanço do papel seria de mais 49%
  • A recomendação, contudo, é que se tenha paciência, já que essas são projeções de longo prazo. Não há um consenso sobre quanto tempo esses valores poderiam ser alcançados

A Via Varejo (VVAR3) divulgou o balanço do segundo trimestre de 2020 e animou o mercado de capitais brasileiro ao revelar um lucro líquido de R$ 65 milhões, contra um prejuízo líquido de R$ 162 milhões no mesmo período de 2019. Com os resultados das decisões tomadas pela nova e bem avaliada gestão, com foco pesado no e-commerce, cresce a expectativa de valorização de até 60% dos papéis da companhia negociados na B3.

O economista Gustavo Bertotti, da Messem Investimentos, vê espaço para uma alta expressiva no preço das ações nos próximos 12 meses. “Hoje mesmo saiu uma recomendação do Citibank, onde ele coloca o preço-alvo a R$ 24. Se a gente pega o preço de agora, a gente joga um upside de quase 28%. A Eleven [Financial Research] coloca um preço-alvo de R$ 28. Isso temos com um horizonte de ano”, cita Bertotti.

No pregão desta quinta-feira (13), o papel da VVAR3 fechou cotado em R$ 18,74, com leve baixa de 0,21%. No acumulado de 2020, a companhia acumula crescimento de 67,77%. Considerando a meta de R$ 28 da Eleven, o avanço do papel seria de mais 49%.

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“Um alvo de R$ 24 é plausível e bem provável de ela [Via Varejo] alcançar. Tem que ver o tempo disso. Boa parte das casas vêm recomendando-a no varejo, principalmente pelo potencial que ela tem aos seus pares”, diz Bertotti.

Considerando o preço-alvo da Toro Investimentos, que tem recomendação de compra para a varejista dona das marcas Casas Bahia, Pontofrio e Bartira, a alta no papel seria ainda maior, de 60,2% no longo prazo.

“Nós indicamos compra do papel, já não é de hoje, mesmo chegando próximo de R$ 20. Nós refizemos o valuation dela e o preço alvo é de R$ 30,10”, prospecta o analista Lucas Carvalho, da Toro Investimentos.

A recomendação, contudo, é que o investidor tenha paciência, já que essas são projeções de longo prazo. Não há um consenso sobre em quanto tempo esses valores poderiam ser alcançados.

“O investidor deve aguardar, talvez, um intervalo de cinco meses a um ano. Pode ser que ela chegue neste valor, se a gente tiver um mercado altista e a empresa apresentar bons resultados”, explica Carvalho.

O que o investidor precisa acompanhar?

Diante de vários indicadores positivos, os analistas destacam alguns resultados do mercado on-line, que é onde justamente a companhia tem se esforçado para diminuir o atraso em relação às suas rivais Magazine Luiza e B2W.

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A receita bruta do e-commerce, que representou 70% das vendas no segundo trimestre, por exemplo, fechou em R$ 4,2 bilhões, um crescimento de quase 300% na comparação com o segundo trimestre de 2019.

A expectativa agora se volta para os próximos meses. Caso a retomada do comércio se mantenha, desconsiderando um cenário de segunda onda de covid-19 no Brasil, a empresa deve ter um importante reforço das vendas em lojas físicas.

Ainda que haja boas expectativas, é preciso que o investidor sempre tenha no radar os riscos inerentes aos seus investimentos. No caso da Via Varejo, o economista da Messem atenta para o risco de alta de inadimplência no País devido à crise, bem como o aumento da queda de receita líquida, que reduziu 12,4% em um ano, atingindo R$ 5,280 bilhões.

“À medida que o isolamento social começar a reduzir, as lojas físicas também vão contribuir para a geração de receita. Então, é decisivo olhar o quarto trimestre, se a empresa vai continuar mantendo essa retomada”, destaca Bertotti.

O analista da Toro reforça o argumento do retorno do comércio físico, que pode trazer um novo incremento para as receitas da empresa e, consequentemente, para os papéis da companhia, que sofreram com uma forte queda no auge da crise.

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“É uma das ações que tiveram um dos maiores ralis da bolsa, principalmente do início da pandemia, quando chegou próximo de R$ 4, naquela queda histórica para as principais bolsas do mundo, e hoje está negociando próximo de R$ 20”, retoma Carvalho.

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