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WEG (WEGE3) despenca nesta segunda-feira; o que o investidor deve fazer agora?

Analistas se dividem sobre o que o fazer neste momento; veja as estimativas

WEG (WEGE3) despenca nesta segunda-feira; o que o investidor deve fazer agora?
WEG (WEGE3) (Foto: Adobe Stock)

As ações da WEG (WEGE3) caem forte no pregão desta segunda-feira (27). Segundo a Reuters, o papel recua em meio a uma preocupação dos investidores após uma empresa chinesa de inteligência artificial, a DeepSeek, lançar um modelo de linguagem gratuito e com custo inferior aos das empresas dos EUA. Isso causou queda nas ações das companhias dos EUA. A WEG é uma das fabricantes do hardware das empresas americanas, ou seja, o receio de externo acabou respingando na fornecedora brasileira.

Outro motivo para queda do ativo é a correção no preço do ativo, após a ação subir por seis pregões seguidos. Por isso, analistas do mercado financeiro comentam o que o investidor deve fazer agora com o papel da empresa. Às 15h30 (de Brasília), as ações da WEG recuavam 7,71%, a R$ 53,41. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 1,63%, a 124.444,07 pontos. Analistas do mercado financeiro se dividem sobre o que investidor deve fazer agora. O Itaú BBA está otimista com a ação WEGE3 e classifica o papel como “outperform”, ou seja, com desempenho acima da média do mercado, equivalente à recomendação de compra.

Os analistas calculam um preço-alvo de R$ 67,00 para o fim de 2025, uma potencial alta de 15,78% na comparação com o fechamento de quinta-feira (23), quando a ação encerrou o pregão a R$ 57,87. O tom otimista acontece após os resultados da Nidec, concorrente da brasileira, trazerem uma tendência positiva para o lucro da WEG. Segundo o Itaú BBA, a Nidec apresentou crescimento anual de 9% das vendas, com queda de 0,5 ponto porcentual nas margens de lucratividade.

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“A empresa não forneceu detalhes sobre sua ligeira desaceleração da lucratividade. No entanto, acreditamos que isso pode resultar de seus investimentos acelerados nas instalações de produção para a divisão comercial e de motos industriais”, dizem Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Pedro Tineo, que assinam o relatório do Itaú BBA.

O que o Itaú BBA espera para a WEG (WEGE3)?

Os especialistas comentam que, com esses números, é possível estimar como o resultado da WEG pode ser positivo no quarto trimestre de 2024. Eles dizem esperar números positivos para a receita bruta da WEG e uma mensagem melhor que eles viram no último rastreador mensal para a receita externa de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI).

“Não prevemos que os fatores que contribuíram para a ligeira desaceleração do lucro da Nidec no quarto trimestre de 2024 impactarão os resultados da WEG. Além disso, vale destacar que as margens da WEG devem se beneficiar da depreciação do real ante dólar de 17%”, apontam Gasparete, Rezende e Tineo.

Sendo assim, os analistas do Itaú BBA se mantiveram otimistas sobre os resultados da WEG (WEGE3) no quarto trimestre de 2024. E enxergam que a ação está atrativa para o investidor. Por isso, a recomendação é de compra para o papel, com estimativa de uma possível alta de 15,78% até o fim de 2025.

Investir na WEG também é arriscado

Já os analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI possuem recomendação neutra para a ação com preço-alvo de R$ 50 para o fim de 2025, uma queda de 13,6% na comparação com o fechamento de sexta-feira (24), quando a ação encerrou o dia cotada a R$ 57,87. Os analistas comentam que a empresa está com bons números e fortes resultados.

Em relatório, assinado por Victor Mizusak do Bradesco BBI e Renato Chanes da Ágora Investimentos, os especialistas comentam que os últimos números apresentados pela WEG no balanço do terceiro trimestre de 2024 foram amplamente positivos. Eles destacam que a margem de lucratividade da companhia foi “impressionante” por três motivos.

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O primeiro é um ambiente positivo de demanda e preços em produtos de ciclo longo, principalmente transmissão e distribuição na América do Norte. O segundo é a demanda sólida por equipamentos industriais no mercado externo, e o terceiro é a valorização do dólar ante real, que tem beneficiado amplamente a empresa por ser uma exportadora.

Ainda assim, os analistas comentam que o papel está caro e a tendência é de queda ao longo do ano. “Nossa recomendação é baseada em um valuation esticado, já que as ações são negociadas a um múltiplo Preço sobre Lucro (P/L) de 35,7 vezes para 2025, 38% acima de sua média histórica”, afirmam Victor Mizusak e Renato Chanes.

Ou seja, o investidor deve entender que a ação da WEG (WEGE3) pode estar atrativa e pode ser uma boa oportunidade de compra na visão do Itaú BBA. No entanto, se o investidor não tiver um perfil arrojado, o ideal é ter cautela e não fazer novos aportes na empresa, pois ainda há um risco de queda de 13,6% dos ativos, como estima o Bradesco BBI e a Ágora Investimentos.