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Yduqs (YDUQ3) tem prejuízo de R$102,6 milhões no 4º trimestre

O resultado medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 50,8% ano a ano, para 114,2 milhões de reais

Yduqs (YDUQ3) tem prejuízo de R$102,6 milhões no 4º trimestre
Eduardo Parente, CEO da Yduqs. Foto: Reginaldo Teixeira
  • A companhia especializada em ensino superior e dona de Estácio, entre outras, anunciou nesta quarta-feira que sua receita líquida no período cresceu 14,4%, a 963 milhões de reais

(Reuters) – O grupo de educação Yduqs (YDUQ3) teve prejuízo de 102,6 milhões de reais no quarto trimestre, ante lucro de 58,1 milhões de reais em igual etapa de 2019, refletindo efeitos da crise criada pela pandemia e a gradual descontinuidade do Fies.

A companhia especializada em ensino superior e dona de Estácio, entre outras, anunciou nesta quarta-feira que sua receita líquida no período cresceu 14,4%, a 963 milhões de reais. Mas esse crescimento refletiu sobretudo os efeitos de aquisições, como as do grupos Adtalem e Athenas.

Em termos operacionais, o resultado medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 50,8% ano a ano, para 114,2 milhões de reais, refletindo perda de receita do programa federal Fies, além de concessão de descontos e maiores provisões para perdas com inadimplência, em meio à crise econômica decorrente da pandemia da Covid-19.

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A empresa citou ainda leis e decisões na justiça que implicaram em concessão linear de descontos e provocaram impacto de 83,8 milhões de reais no trimestre.

O segmento presencial da Yduqs fechou 2020 com 335 mil alunos, alta de 8,5%, resultado das aquisições. Sem elas, a base de alunos de graduação caiu em 7,4%. Em contrapartida, o ensino digital a base cresceu 49,8%, número que sobe para 64%, para 427 mil, se incluir as aquisições.

O capex da Yduqs somou 194 milhões de reais no trimestre, alta de 44% sobre um ano antes, refletindo maiores investimentos em transformação digital e tecnologia da informação.

A posição de caixa da companhia fechou 2020 em 1,63 bilhão de reais, um aumento de 168,1% em 12 meses, consequência das emissões de dívida para financiarem recentes aquisições.

Ao mesmo tempo, a dívida líquida deu um salto de 190%, para 3,2 bilhões de reais, com a alavancagem financeira medida pela relação dívida/Ebitda ajustado de 0,1 vez para 1,4 vez.

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