- Itaú e Banco do Brasil, por sua vez, devem ser os menos atingidos
- Com base nas dívidas que a empresa informou ter com essas instituições, os analistas da XP traçaram cenários para diferentes patamares de provisionamento por parte de cada uma
Após a publicação da lista de credores da Americanas, que está em recuperação judicial, a XP estima que BTG Pactual, Santander e Bradesco devem ser os bancos com os maiores impactos sobre os índices de capital diante da exposição à varejista.
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Itaú e Banco do Brasil, por sua vez, devem ser os menos atingidos.
Com base nas dívidas que a empresa informou ter com essas instituições, os analistas da XP traçaram cenários para diferentes patamares de provisionamento por parte de cada uma.
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Depois, calculou qual seria o impacto para o capital de nível 1 de cada banco, utilizando provisionamentos equivalentes a 30% e a 50% dos empréstimos totais, índices que costumam ser mais comuns em casos como este.
O BTG teria redução de 0,31 ponto porcentual e de 0,51 p.p., respectivamente, se provisionasse 30% ou 50% dos empréstimos à Americanas. O Santander teria quedas de 0,15 e de 0,25 ponto, e o Bradesco, de 0,13 e de 0,21 ponto. O Itaú teria redução de 0,06 ponto ou de 0,10 ponto, e o BB, de 0,03 ponto ou de 0,06 ponto.
O banco com o maior volume de empréstimos à Americanas é o Bradesco, com R$ 4,8 bilhões, mas no relativo o BTG é o mais exposto: a XP calcula que os R$ 3,5 bilhões em crédito do banco à companhia equivalham a 2,4% de sua carteira de crédito, e a 8,3% de seu patrimônio líquido.
“Destacamos que os bancos podem optar por provisionar esse valor já no quarto trimestre de 2022 (como evento subsequente) ou nos resultados do primeiro trimestre de 2023. Em ambos os casos, esperamos que o impacto nos resultados seja mais significativo para BTG, Santander e Bradesco (em torno de 20-30% de seu lucro líquido)”, afirmam os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães. “Por outro lado, Banco do Brasil e Itaú devem ser os bancos menos afetados (menos de 10% do lucro líquido).”
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