- Para Guilherme Zanin, analista da Avenue, a notícia da saída de Anitta pode ter tido alguma influência para o mercado. Entretanto, não é o catalisador principal da empresa
- Nubank sofre impactos por conta de seu IPO e falta de monetização dos clientes
Roberta Picinin – Desde a saída da Anitta do conselho de administração do Nubank, na terça-feira (9), as ações da fintech estão em queda. Na segunda-feira (8), os papéis fecharam em US$ 4,75 na bolsa de Nova York. Nesta quinta-feira (11), valem US$ 4,11, conforme dados de 16h26, uma queda de 14% na comparação com o início da semana.
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Para Guilherme Zanin, analista da Avenue, a notícia da saída de Anitta pode ter tido alguma influência para o mercado. Entretanto, não é o catalisador principal da empresa. “É óbvio que a notícia fez barulho, o que foi negativo para a empresa, mas a cantora segue participando da Nubank como embaixadora da marca, só não mais do board”, afirma. Ele também ressalta que, no atual cenário, as empresas de tecnologia ligadas a questões financeiras estão sofrendo. No Brasil e nos EUA, os juros vêm aumentando sucessivamente.
Para Matheus Jaconeli, analista de investimentos da Nova Futura Investimentos, a grande questão a ser observada é de que a Anitta é uma grande influenciadora do público jovem, parte majoritária dos clientes da companhia. “Em termos das contas da empresa não há efeito, então o impacto de sua saída não chega a ser tão relevante no longo prazo”, comenta.
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Danielle Lopes, sócia e analista de ações da Nord Research, ressalta que o Nubank já contava com dificuldades antes de Anitta sair de cena. “Acredito que isso tudo foi uma estratégia de usar a audiência dela para se comunicar com uma geração mais nova para levar pro banco, e por consequência o ‘roxinho’ conseguir crescer”. Para os especialistas, o maior desafio do Nubank é a falta de monetização dos clientes.