O que este conteúdo fez por você?
- A compra aguarda o parecer da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e de acionistas
- Com aquisição de 100% do capital da Neoway, a B3 espera oferecer produtos que possam ajudar clientes financeiros e não financeiros a melhorar os seus negócios a partir da análise de dados
Com a aquisição da Neoway, a B3 espera desenvolver e ofertar produtos de análises de dados para clientes financeiros e até mesmo para empresas sem capital aberto. De acordo com a operadora de mercado, esses novos serviços devem ajudar, principalmente, as companhias do setor de atacado e do varejo a tomarem decisões mais assertivas em suas operações.
Leia também
O anúncio da compra no valor de R$ 1,8 bilhão foi feito nesta terça-feira (19) em fato relevante. Apesar do comunicado, o fechamento da transação aguarda o parecer da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e dos acionistas. “Esse processo deve demorar cerca de dois meses para a gente conseguir fechar a transação”, prevê Marcela Bretas, diretora de fusões e aquisições da B3.
Sem informar uma estimativa, Bretas afirma que a aquisição da maior empresa de Big Data Analytics e de inteligência artificial para negócios da América Latina deve “turbinar o plano orgânico” de crescimento em novos segmentos. “É o caso do mercado de dados para crédito e varejo e o mercado de dados para produtos de antifraude e de compliance”, afirma.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Na avaliação de Denis Morante, sócio-fundador da Fortezza Partners, a aquisição é interessante para a B3 devido ao posicionamento de mercado que a Neoway possui no segmento de inteligência de dados. Isso porque as empresas de um modo geral necessitam dessas informações para pensar em estratégias que possam melhorar os produtos e serviços prestados aos seus consumidores.
“Tenho certeza que a B3 vai utilizar essa aquisição para atingir muitas empresas ainda não listadas em bolsa, e que no Brasil são um universo muito maior do que as listadas”, ressalta.
Na prática, a B3 deve ofertar serviços que possam ajudar seus clientes, sejam eles financeiros ou não, na tomada de decisões mais assertivas em suas atividades a partir da análise de dados. Segundo Bretas, os produtos a serem desenvolvidos podem ajudar as empresas varejistas, por exemplo, a organizarem seus estoques e até saberem qual loja vende mais, o que pode impactar na melhora do planejamento de vendas.
“Outro produto que pode ser ofertado é o de antifraude (que ajuda na autenticação e verificação de dados ofertados pelos clientes). São serviços que juntam as informações para saber qual é o risco de um indivíduo ou de uma entidade fornecer informações falsas. Tudo respeitando a Lei de Proteção de Dados (LGPD)”, acrescenta.
Publicidade