O bilionário e CEO da Tesla, Elon Musk, conversou no último mês com investidores do Twitter para entender quais são as possibilidades de captar de US$ 3 bilhões para tentar pagar uma parcela da dívida de US$ 13 bilhões gerada pela compra da rede social. A revelação foi feita pelo Wall Street Journal.
A parte que Musk quer pagar carrega o maior juro no pacote de empréstimos do Twitter, pesando no bolso da companhia.
A taxa é de 10% acrescida de uma porcentagem que sobe com o tempo – atualmente está em 4,3%. E, a cada trimestre que passa, os juros aumentam em 0,50 ponto percentual, de acordo com registros regulatórios.
O montante de US$ 13 bilhões é uma parcela do empréstimo que o bilionário fez com bancos, como Morgan Stanley e Bank of America, para comprar a rede social. Contudo, em novembro, o empresário disse o que Twitter havia sofrido “uma grande queda na receita” e estava perdendo mais de US$ 4 milhões por dia.
Uma das saídas, segundo especialistas, seria emitir novas ações. No entanto, os papéis da companhia não estão mais listadas nos EUA, desde que o bilionário comprou-a e fechou seu capital, em novembro de 2022.
O Wall Street Journal teve acessos a e-mails enviados para potenciais investidores que mostravam que assessores de Musk esperavam chegar a um acordo para levantar dinheiro até o final de 2022. No entanto, alguns possíveis apoiadores disseram que recusaram os termos, devido às preocupações com o desempenho financeiro do Twitter.
Por exemplo, após fechar capital, a Fidelity, um dos co-investidores que apoiou a aquisição do Twitter por Musk, reduziu sua participação no Twitter em 56%, sugerindo que o bilionário enfrentaria uma batalha difícil para arrecadar fundos no valor que gostaria.
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Em um tuíte antigo, o CEO da companhia afirmou que terá que ter “cuidado com a dívida do Twitter, [já que há] condições macroeconômicas turbulentas, especialmente enquanto o Fed continuar aumentando as taxas”.
De todo modo, o magnata negou no Twitter que a informação de captar US$ 3 bilhões seja verdadeira. A publicação na rede social, realizada em 25 de janeiro de 2023, dizia apenas “no (não, em inglês)”, quando um seguidor perguntou se a informação era real.