O Santander (SANB11) pode ser um dos destaques positivos dos grandes bancos no quarto trimestre de 2023, disseram os analistas do BTG Pactual em relatório publicado na última terça-feira (02). A estimativa é feita com base nos números divulgados pelo Banco Central, os quais revelaram o lucro dos bancos no mês de outubro.
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De acordo com os números do BC, o Santander teve uma alta de 16,8% em seu lucro líquido no mês de outubro, indo de R$ 982 milhões para R$ 1,1 bilhão na base anual.
“Claro que é muito difícil fazer uma estimativa de três meses com apenas um, mas se o Santander mantiver esse ritmo em novembro e dezembro, o lucro do banco pode chegar a R$3,2 bilhões, 19% acima das nossas expectativas”, afirmaram Eduardo Rosman e sua equipe que assina o relatório. O BTG calcula que o Santander deve apresentar um lucro líquido de R$2,7 bilhões no quarto trimestre de 2023.
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O ano passado foi de recuperação do Santander. A gestão de Mario Leão viu a inadimplência disparar, mas conseguiu controlar o problema e desde setembro passou a estimar uma melhora em sua rentabilidade, a qual é medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE). O banco visa aumentar gradualmente a concessão de crédito via cartões.
Além do Santander, Itaú tem um outubro animador
Outra empresa que animou Rosman e sua equipe foi o Itaú (ITUB4). Se o lucro de outubro for próximo dos outros dois meses do trimestre, a instituição financeira teria um lucro de R$ 8,9 bilhões no quarto trimestre, em linha com o esperado pelos mercado e pela BTG.
Seguindo a linha de raciocínio, os números não seriam tão interessantes para o Banco do Brasil (BBAS3). A empresa estatal teria um lucro 23% abaixo das estimativas, visto que o BTG espera um lucro de R$9,4 bilhões e a instituição teria um resultado de R$7,3 bilhões no período. Já para o Bradesco, o lucro de R$4,3 bilhões seria 9% abaixo do que o BTG espera, que é de R$4,7 bilhões.
“Ainda assim, preferimos Itaú e Banco do Brasil a Bradesco e Santander. E apenas o Banco do Brasil está dentro das nossas 10 ações favoritas para janeiro”, comentaram os analistas.
Essa preferência pode ser vistas nos números apresentados nos últimos trimestres. Enquanto Santander e Bradesco desenham uma trajetória de recuperação da rentabilidade medida pelo ROE, com o indicador do banco espanhol em 13,1% e do brasileiro em 11,3% no terceiro trimestre.
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Já o Itaú encerrou o terceiro trimestre com ROE de 21,1%, enquanto o Banco do Brasil viu rentabilidade ficar em 21,3%. Outros fatores também devem ter definido essa preferência, mas os analistas não deram mais detalhes.