Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX (Foto: Andrew Harrer/Bloomberg)
(Jack Pitcher/WP Bloomberg) – O patrimônio líquido de Elon Musk despencou US$ 16,3 bilhões na terça-feira (8) com a derrocada da Tesla (TSLA34). Essa foi a maior destruição de riqueza em um único dia na história do Índice de Bilionários da Bloomberg.
A ação da montadora de carros elétricos caiu 21% no pregão da bolsa de Nova York – o maior de todos os tempos – com a notícia de uma parceria entre os concorrentes Nikola Corp. e General Motors Co., aprofundando uma liquidação do papel que começou na semana passada depois de a inclusão da Tesla no índice S&P 500 ter sido rejeitada.
As pessoas mais ricas do mundo têm sentido grandes oscilações em seus patrimônios líquidos recentemente, à medida que os pequenos investidores aceleram a compra e a venda de ações. Jeff Bezos, da Amazon.com Inc., perdeu US$ 7,9 bilhões na terça-feira, enquanto Zhong Shanshan acrescentou mais de US$ 30 bilhões à sua fortuna – tornando-se a terceira pessoa mais rica da China – depois que as ações da empresa de água engarrafada que ele fundou dispararam em seguida a uma oferta pública inicial (IPO).
As ações da Nongfu Spring Co., cujas garrafas com tampa vermelha são vendidas em toda a China, de barracas de lanches a hotéis de luxo, saltaram 54% em sua estreia em Hong Kong, elevando a fortuna de Zhong para US$ 50,9 bilhões.
A perda de patrimônio de Musk e o ganho de Zhong são as maiores mudanças na história do índice Bloomberg, excluindo revisões de patrimônio líquido para divórcio, redistribuição e heranças. A queda de Musk teria sido ainda maior se ele não tivesse recebido sua terceira tranche de opções na terça-feira – agora no valor de US$ 2,2 bilhões – vinculada ao seu pacote de compensação.
Musk, que agora detém uma fortuna estimada de US$ 82,3 bilhões, ficou atrás de Bernard Arnault, ocupando o quinto lugar na lista das pessoas mais ricas do mundo. O CEO da Tesla se juntou brevemente ao clube centibilionário em agosto, graças ao seu pacote de pagamento audacioso e uma alta de quase 500% nas ações da Tesla nos oito primeiros meses de 2020.