O fim da era de ouro do S&P 500 está próximo? O Goldman Sachs analisa

Por Daniel Rocha

21/10/2024 | 16:37 Atualização: 21/10/2024 | 17:59

Mercado acionário dos EUA (Foto: Adobe Stock)

A era de ouro do S&P500, índice acionário dos Estados Unidos, pode estar próximo do fim. Segundo uma análise do Goldman Sachs, as perspectivas de novas contrações econômicos nos EUA e a alta concentração da bolsa norte-americana no setor de tecnologia reduzem as estimativas de crescimento para o mercado acionário no médio e longo prazo. Para o banco de investimentos, a tendência é que o S&P 500 cresça apenas 3% ao ano ao longo da próxima década.

“Quando a concentração do mercado de ações é alta, o desempenho do índice agregado é fortemente ditado pelas perspectivas de alguns papéis”, escreveram os analistas em relatório que o Business Insider teve acesso. A citação faz referência ao bom desempenho das big techs, como Nvidia (NVDA) e Alphabet (GOOGL), que estão à frente do desenvolvimento de inovações tecnológicas com inteligência artificial (IA). A expectativa por retornos elevados dos investidores ajudou o S&P 500 a esbanjar uma valorização superior a 20% no acumulado do ano.

Apesar da boa performance, o Goldman alerta que dificilmente as empresas vão conseguir sustentar projeções elevadas no médio e longo prazo. “Nossas análises históricas mostram que é extremamente difícil para qualquer empresa manter altos níveis de crescimento de vendas e margens de lucro por períodos sustentados de tempo. O mesmo problema aflige um índice altamente concentrado”, informou o banco. As perspectivas econômicas para os próximos anos também devem minimizar a rentabilidade do S&P 500.

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Segundo os analistas do Goldman, a maior economia do mundo deve enfrentar quatro períodos de queda do Produto Interno Bruto (PIB) na próxima década. Nesses períodos, a tendência é de que os retornos anualizados das ações fiquem abaixo dos 10%. Por volta das 15h40 (horário de Brasília), o S&P 500 sofre uma desvalorização de 0,33% aos 5.845,36 pontos.

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