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SVB: startups brasileiras podem ser afetadas pela falência do banco?

Segundo o Bloomberg, startups brasileiras possuíam mais de US$ 10 milhões no banco; Nubank nega exposição

SVB: startups brasileiras podem ser afetadas pela falência do banco?
(Foto: Envato Elements)

O Silicon Valley Bank (SVB), banco norte-americano voltado para investimentos em startups no setor tecnológico, decretou falência na semana passada após surpreender o mercado com a divulgação um prejuízo na casa dos US$ 2 bilhões. As ações da instituição chegaram a derreter 60%, e o setor bancário nos Estados Unidos e no mundo foi contaminado. Contudo, startups brasileiras também podem sofrer com exposição ao banco.

Segundo o Bloomberg Línea, startups brasileiras possuíam mais de US$ 10 milhões no banco. De acordo com 0 veículo, as empresas utilizavam o SVB para obter capital de risco (venture capital). A Bloomberg também afirma que mais de 90% das startups brasileiras offshore, que possuem contas bancárias abertas em países onde há menor tributação, tinham conta no Silicon Valley Bank.

A Nubank (Nu Holdings), por outro lado, desmentiu no sábado (11) os rumores de que poderia estar contaminada com a falência da SVB. Em comunicado ao mercado e aos acionistas, a fintech brasileira negou ter qualquer exposição ao banco, assim como suas subsidiárias. O C6 Bank também afirmou não estar exposto ao Silicon Valley Bank, assim como a PagSeguro.

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Nos EUA, o cenário é diferente. Metade das startups do país que contam com o apoio de capital de risco estão expostas ao Silicon Valley Bank, segundo divulgado no site da instituição. Além disso, o SVB também afirma ter negócios com 44% das companhias do setor de tecnologia que utilizam capital de risco.

Apesar da queda da SVB, o Nasdaq, índice de Nova York voltado para o mercado de tecnologia, operava em alta de 1,45% às 15h18, aos 11.300,49 pontos.

O que é o Silicon Valley Bank?

Fundada na década de 80 na Califórnia, a instituição financeira conta com US$ 209 bilhões em ativos, e afirma ter fornecido crédito para 44% das empresas embrionárias de tecnologia listadas na Nasdaq, bolsa americana voltada para empresas do setor. A queda do Silicon Valley também afeta o setor bancário europeu, onde a instituição possui exposição em nações como Suécia, Alemanha, Dinamarca e Reino Unido. Atualmente, quem comanda o banco é o executivo Gregory Becker, CEO do SVB. Para saber mais sobre o banco, clique aqui.

Com a queda recente, o Silicon Valley Bank é considerado o maior banco a falir desde a crise financeira de 2008.